Mundo
Milei e Trump discutem suporte financeiro antes das eleições

O presidente argentino, Javier Milei, viaja nesta segunda-feira (13) para Washington com o objetivo de se encontrar na terça-feira com seu parceiro ideológico, Donald Trump. Este encontro ocorre após os Estados Unidos anunciarem um apoio financeiro destinado a estabilizar a economia argentina antes das eleições legislativas de 26 de outubro.
A visita tem como finalidade garantir os detalhes do auxílio financeiro, após semanas de instabilidade na moeda local e dificuldades no Congresso, situações que colocam em risco o plano de reformas proposto por Milei. Ele conseguiu reduzir a inflação de forma significativa, mas isso ocorreu com um rigoroso ajuste fiscal.
Segundo Milei, os Estados Unidos reconheceram que a Argentina tem enfrentado ataques contra suas políticas de liberdade e, por isso, decidiram oferecer apoio.
O pacote financeiro anunciado inclui compras diretas de pesos no mercado para apoiar o valor do dólar e um acordo de troca de moedas no valor de 20 bilhões de dólares entre os Estados Unidos e o Banco Central argentino.
Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, afirmou: “A Argentina enfrenta uma grave escassez de liquidez. Apenas os Estados Unidos podem agir rapidamente, e nós vamos agir”.
O anúncio teve um impacto positivo nos títulos e ações argentinas, diminuindo a pressão sobre a moeda local.
Milei chegará a Washington na noite desta segunda-feira e terá encontro com Trump na Casa Branca ao meio-dia de terça-feira (13h no horário de Brasília), conforme informou a Presidência argentina.
Os presidentes discutirão diversos assuntos, e Milei ressaltou a afinidade entre os interesses da Argentina, dos Estados Unidos e de Israel, destacando que seu país é um verdadeiro aliado.
Na véspera, o ministro da Economia argentino, Luis Caputo, descartou qualquer movimentação oficial para dolarizar a economia argentina até o momento e negou rumores sobre mudanças no sistema cambial após as eleições legislativas. Ele afirmou que os Estados Unidos continuam dispostos a comprar pesos.
O governo argentino também negou que Washington tenha exigido o fim do acordo de swap cambial vigente com a China, que foi renovado em 2024 por mais um ano. O chefe de Gabinete, Guillermo Francos, declarou desacreditar em qualquer parte do acordo voltada para afastar a China da Argentina.
Bessent mencionou que Milei estaria comprometido em reduzir a influência chinesa no país, o que gerou resposta da embaixada chinesa na Argentina, acusando os Estados Unidos de agir com atitudes dominantes e intimidadoras.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login