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Milhares de mulheres protestam na Avenida Paulista contra feminicídios
Mulheres de diversos bairros da cidade de São Paulo e da região metropolitana se reuniram neste domingo (7/12) em um protesto contra os feminicídios. O evento, organizado pelo Movimento Nacional Mulheres Vivas, tomou conta dos dois lados da Avenida Paulista em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), após uma sequência de casos chocantes que mobilizaram a população.
Entre os casos destacados no ato, estava o ataque brutal sofrido por Tainara Souza Santos, de 30 anos, que teve as duas pernas amputadas após ser atropelada e arrastada pelo ex-companheiro na Marginal Tietê, uma importante via da capital. O agressor foi preso e alegou não conhecer a vítima.
A aposentada Miriam Saques, 69 anos, declarou: “Foi muito difícil receber essas notícias. Eu não poderia estar em casa hoje, acomodada vendo um jogo, eu precisava estar aqui”. Elaine Lakeisha, servidora pública de 39 anos, veio de São Caetano para participar do ato. “Sou mãe de duas meninas e estou aqui também por elas”, disse, reforçando a importância de educar os meninos para que se tornem homens respeitosos no futuro, garantindo a liberdade e segurança das mulheres.
Eliane Dias, de 44 anos, trouxe seu filho de cinco meses ao protesto com a mesma convicção: “Vou ensinar meu filho a respeitar as mulheres e nunca agredi-las”.
As manifestantes usaram roupas roxas e carregaram cruzes pintadas de vermelho, além de cartazes com dados sobre feminicídios e pedidos por mais ações contra esses crimes. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi alvo de críticas durante o evento, pois a segurança pública é responsabilidade do governo estadual.
São Paulo bateu recorde de feminicídios em 2025: 53 casos registrados entre janeiro e outubro, número mais alto desde o início da série histórica em 2015.
O vice-prefeito da capital, Coronel Mello Araújo (PL), afirmou que, embora o tema dos feminicídios seja importante, a pauta principal do dia era a questão da anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e confirmou que não participaria do protesto. Ele também atribuiu ao governo federal e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parte da culpa pelo aumento das estatísticas.
Renato Bolsonaro, irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro, também compareceu ao ato que defendia a anistia e comentou sobre a possível candidatura do senador Flávio Bolsonaro ao Planalto em 2026. Segundo ele, não haveria candidato melhor para representar a direita, afirmando que “não há direita e esquerda, há direita e sistema”. Renato ressaltou que Michelle Bolsonaro pode ser uma liderança política, mas o foco do grupo deve permanecer em Flávio Bolsonaro.


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