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Militares resgatados de sequestro por grupo na Colômbia

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As autoridades colombianas conseguiram libertar 27 dos 72 militares que foram capturados no domingo (7) no sudoeste do país, uma área dominada por grupos armados ilegais e conhecida pela produção de drogas ilícitas.

Sequestrar militares e policiais é uma prática comum em regiões onde grupos armados operam sem forte presença das forças governamentais.

O episódio ocorreu no departamento de Cauca durante a tarde, conforme informado por fonte militar à AFP, sem maiores detalhes.

O Exército divulgou um comunicado confirmando o resgate de 27 soldados, enquanto os demais 45 continuam detidos.

“O Exército Nacional continua atuando na região, buscando restaurar a ordem e assegurar a libertação dos capturados”, diz o documento.

As autoridades alertam que moradores locais, em sua maioria agricultores, são muitas vezes manipulados ou coagidos pelos grupos ilegais que realizam essas ações.

O sequestro se deu durante uma operação militar no Cânion do Micay, uma área estratégica para o cultivo de cocaína, onde operam bandas criminosas e dissidências da antiga guerrilha das Farc, lideradas por Iván Mordisco.

O presidente Gustavo Petro pediu a libertação dos soldados em rede social, destacando a importância da união nacional: “Deixem os soldados livres, podem ser seus filhos. Os filhos da Colômbia devem se unir e superar essa crise”.

Ele ainda anunciou que uma comissão de diálogo está pronta para iniciar negociações.

Os militares capturados faziam parte da ‘Operação Perseu II’ quando cerca de 600 pessoas bloquearam o avanço das tropas em San Juan de Micay, segundo o Exército.

O objetivo da ação seria manter o controle sobre rotas usadas para tráfico de drogas e mineração ilegal.

Desde o começo de 2024, o presidente Petro tem empreendido esforços para retomar o controle da região, mas enfrenta forte resistência dos habitantes locais.

Ele reforça a necessidade de substituir os cultivos ilegais de forma pacífica e acredita que a população rural de Micay já compreende esse momento de mudança.

O Exército solicitou à população que ajude informando sobre os responsáveis pelos sequestros.

Na mesma área, em junho, 57 soldados foram detidos, mas acabaram sendo liberados após ação militar.

Também no final de agosto, 33 soldados foram libertados depois de três dias de cativeiro, com ajuda de negociações entre governo, Defensoria Pública e ONU.

Com um conflito interno que dura cerca de 50 anos, envolvendo guerrilhas, traficantes e forças do Estado, a Colômbia enfrenta hoje a pior crise de segurança nos últimos dez anos.

No sudoeste do país, ataques com explosivos e emboscadas são cada vez mais frequentes, causando vítimas entre militares e civis.

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