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Ministério Público quer explicações sobre invasão no Riacho Fundo 2

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Há cerca de dois meses, a Secretaria de Ordem Pública e Social (Seops) demoliu a garagem de uma empresa de ônibus no Riacho Fundo 2. Erguida em terras públicas, a construção ameaçava uma importante área de preservação ambiental da região. Mesmo após a retirada da ocupação irregular, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) quer explicações sobre a invasão.

Um dia após denuncias a apropriação indevida da área estimada em 20 mil metros, a 6ª Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural (Prodema) abriu investigação sobre o caso. O promotor César Augusto Nardelli requisitou informações sobre a situação à Agência de Fiscalização (Agesfis) e ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

primeiro órgão consultado respondeu dizendo que, de fato, o dono da Expresso Vila Rica -uma empresa de transporte de estudantes- não apresentou documentos que autorizassem a construção. Por esse motivo, o órgão demoliu os muros. O Ibram manifestou-se reiterando que a propriedade fica dentro de uma região denominada Área de Preservação do Planalto Central e destinada à agricultura familiar.

Também reforçou que o proprietário da Exdpresso Vila Rica, Adelmar dos Santos Cordeiro, continuava a usar o espaço para estacionar os cerca de 60 ônibus. O promotor ainda enviou ofício à Secretaria de Educação, tendo em vista que o denunciado mantém contrato com a pasta e recebeu, nos últimos quatro anos, de R$ 12 milhões do GDF. “Ficou claro que a garagem não tem qualquer tipo de regularidade ambiental. Achamos, por bem, levar essas denúncias a esses órgãos”, destacou o promotor César Nardelli.

Há cerca de oito meses, o espaço cercado pelo dono da Expresso Vila Rica era uma ampla área de cerrado. Situada a poucos quilômetros do centro do Riacho Fundo 2, passou a ser cobiçada por grileiros. O primeiro a invadir as chácaras 98 e 115 pertencentes à Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) foi um agricultor identificado como João Pereira. Morador de uma chácara nas proximidades, decidiu cercar parte do terreno. Mesmo sem autorização, ele se apresentava como dono das glebas e começou, discretamente, a anunciar a área pública.

No início de 2014, em um acordo informal, João Pereira vendeu as chácaras por R$ 400 mil ao dono da Vila Rica, Adelmar dos Santos Cordeiro. A primeira medida adotada por Adelmar foi levantar o muro. Dessa forma, as terras onde deveriam ser cultivadas plantações de verduras, frutas e hortaliças ganharam uma imponente cobertura para proteger os veículos do sol e da chuva. O Correio publicou a denúncia no dia 18 de junho último. Treze dias depois, o terreno avaliado em R$ 3 milhões foi demolido numa megaoperação da Seops.

Fonte; correio web

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