Ministro da Defesa critica verba das Forças Armadas e pede aumento

O ministro da Defesa, José Múcio, expressou preocupação com o orçamento destinado às Forças Armadas brasileiras, destacando os desafios que o ministério enfrenta, como atrasos em projetos e insuficiência de recursos.

Ele enfatizou que a frota militar está envelhecendo rapidamente, alertando para uma possível situação em que marinheiros fiquem sem navios, aviadores sem aeronaves e soldados sem equipamentos adequados.

José Múcio também ressaltou que o financiamento das Forças Armadas não deveria estar vinculado às ideologias dos governos atuais.

O ministro mencionou que diversos projetos relacionados a aviões e submarinos nacionais estão atrasados há mais de dez anos e destacou problemas na manutenção e abastecimento de combustível das forças.

Segundo ele, ainda há um entendimento equivocado na sociedade de que as Forças Armadas existem apenas para fins de guerra, o que contribui para o descaso no investimento.

Na metade de julho, o orçamento das Forças Brasileiras sofrerá um contingenciamento de R$ 2,6 bilhões, conforme decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com isso, a Força Aérea Brasileira terá que limitar suas operações, incluindo a paralisação de cerca de 40 aviões e o afastamento de 137 pilotos, além de adotar jornada reduzida e trabalho remoto para militares.

José Múcio apresentou no Senado uma proposta para garantir investimento de 2% da receita corrente líquida nacional em Defesa, com um aumento gradual anual de 0,1%, que proporcionaria maior estabilidade para o setor.

Ele ressaltou que vivemos em um cenário global de incertezas e que o mundo está em processo de armamento intensivo. O comandante do Exército, general Tomás Paiva, corrobora essa visão, afirmando que os investimentos em defesa têm aumentado consideravelmente em várias regiões do planeta, o que indica a necessidade de atenção reforçada do Brasil para a proteção de sua população.