Ministro descarta cancelamento do Enem: “Ocorrências pontuais”

O ministro da Educação, Camilo Santana, descartou cancelar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), após imagens da prova serem divulgadas durante o horário do teste nesse domingo (5/11). Segundo Camilo, trata-se de “ocorrências pontuais”.

“Concluímos nesse processo que foram ocorrências pontuais. Todas as escolas tiveram o Enem e todos que se sentiram prejudicados por questões de saúde ou questões climáticas terão direito a fazer as provas nos dias 12 e 13 de dezembro”, afirmou a jornalistas nesta segunda-feira (6/11).

Questionado se haveria chance de o exame ser cancelado, o ministro foi categórico: “De forma alguma”. Camilo informou que 15 pessoas estão presas, ressaltou todos serem adultos e sob investigação da Polícia Federal. Apesar disso, o chefe da Educação disse considerar o Enem deste ano um “sucesso”.

“Pelo balanço geral consideramos uma execução de sucesso, com aumento comparado ao ano passado. Estávamos em curva descendente de inscritos, neste ano tivemos quase meio milhão de novos inscritos e o Nordeste bateu recorde de inscrição”, afirmou.

Mais de 3,9 milhões de pessoas se inscreveram para o Enem deste ano. O exame pode ser usado tanto para entrar em centros públicos de ensino quanto para conseguir bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), em universidades particulares.

Ministro fala de “Desenrola da Educação”

Camilo falou que o governo federal lançará um Desenrola da Educação, para quitar dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (6/11) e deverá começar a valer na terça-feira (7/11), impactando mais de 1 milhão de pessoas.

“A partir de amanhã, as agências da Caixa Econômica e do Banco do Brasil poderão receber clientes do Fies”, falou o ministro. O atendimento também poderá ser feito por telefone, após a instalação de uma linha 0800 específica para isso.

Camilo explicou ainda que a renegociação poderá diminuir em 99% a dívida. Segundo lei sancionada na última semana, esse será o caso de estudantes com débitos vencidos e não pagos por um período maior que 360 dias, completados em junho deste ano, do valor consolidado da dívida, no caso de inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).