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Monges budistas são flagrados usando metanfetamina em templo na Tailândia

A polícia na Tailândia realizou uma operação surpresa em um templo no norte do país e descobriu que alguns monges budistas estavam consumindo metanfetamina. Durante a ação no monastério Wat Prathom, localizado na província de Phichit, um terço dos monges submetidos a testes tiveram resultado positivo para a droga.
Durante o “Retiro das Chuvas”, os policiais encontraram comprimidos de metanfetamina escondidos nos quartos dos monges, assim como utensílios para consumo de entorpecentes, uma arma artesanal e munição. Seis dos dezoito monges foram removidos da ordem após o resultado positivo nos exames de segunda-feira, dia 21.
O vice-governador de Phichit, Kitipon Wetchakul, que comandou a operação, declarou: “Os seis monges que testaram positivo foram imediatamente afastados e encaminhados para tratamento. A ação foi simultânea em diversos templos em 12 distritos da província.”
O caso chegou em um momento de crise para a confiança pública na ordem budista local, abalada após um escândalo envolvendo fraudes e desvio de recursos por monges de alto escalão. Wirawan Emsawat, conhecida como Sika Golf, de 35 anos, teria manipulado os clérigos para acessar dinheiro do templo, que usava para sustentar seu vício em jogos de azar. Ela foi detida com uma fortuna desviada e enfrenta várias acusações criminais.
Investigações revelaram que Wirawan armazenava dezenas de milhares de arquivos comprometedores envolvendo monges e políticos em sua residência, além de ter usado chantagem para obter dinheiro e mantido relações pessoais com alguns deles.
O Conselho Supremo Sangha, autoridade máxima do budismo na Tailândia, anunciou revisão das regras monásticas com propostas de punições severas para violações graves, incluindo penas de prisão e multas para monges expulsos e também para civis envolvidos com tais práticas.
Tradicionalmente, os monges budistas aderem ao voto de celibato para se afastar dos desejos mundanos, caminho para a iluminação espiritual. No entanto, a instituição tem enfrentado repetidos escândalos de corrupção e condutas impróprias, que têm abalado a credibilidade do clero perante a sociedade.

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