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Morador registra Via Láctea em Itapetininga: ‘Minha melhor foto’
Foto foi feita às margens da rodovia Gladys Bernardes Minhoto (SP-129). Via Láctea pode ser vista quando não há poluição luminosa, diz astrônomo.
Um engenheiro de Sorocaba (SP) conseguiu registrar imagens da Via Láctea enquanto trafegava pela rodovia Gladys Bernardes Minhoto (SP-129), em Itapetininga (SP). Ede Carlos Ferreira contou que a foto foi feita no início do mês de julho por volta das 23h. Para ele, conseguir registrar a Via Láctea foi o resultado de estar na hora certa e no lugar certo.
“Há três anos comecei a fotografar cenas urbanas e rurais em cidades da região de Sorocaba. Estava passando pela rodovia, olhei uma árvore seca e vi que ali daria uma boa foto pelo ângulo e pelo céu estar estrelado. Mas, foi sorte também. Bem na hora que fiz a foto, estava perceptível a Via Láctea”, conta.
Ainda segundo o engenheiro, o registro foi um dos melhores que já fez. “Sou fotógrafo amador e tenho outras fotos que gosto bastante. Mas essa é a melhor que já tirei e deu um resultado muito positivo. As pessoas comentaram bastante. Pretendo colocar a foto em um quadro para guardá-la”, ressalta.
Via Láctea
De acordo com o astrônomo Luis Marino, coordenador do Planetário de Tatuí (SP), a foto realmente retrata a Via Láctea, que é o nome que se dá para a galáxia e trata-se de um conglomerado de estrelas, contendo cerca bilhões de estrelas, sendo o Sol uma de suas componentes. Segundo Luis, ela pode ser vista desde que não tenham nuvens no céu e poluição luminosa.
“Itapetininga é considerada uma região rica em estrelas, principalmente se sairmos do centro urbano e irmos para um lugar sem poluição luminosa, já que está no hemisfério sul. No caso da foto, podemos observar que é a Via Láctea”, afirma.
Segundo o astrônomo, é possível observar que na foto há manchas luminosas que, segundo ele, são aglomerados e nuvens de gás. “Temos aglomerados abertos, aglomerados globulares e, principalmente, as nebulosas, que são grandes nuvens de gás que refletem a luz de estrelas próximas ou ainda brilham por terem em sua composição material que interage com a radiação de estrelas em seu interior, provocando uma tenue luminosidade”, afirma.
Ainda segundo o especialista, na foto são mostradas as constelações de Libra, Scorpius e Sagitarius. “Vemos na foto a constelação Scorpius e na calda a de Sagitarius. Além disso, a parte mais clara da foto marca a direção do centro da Via Láctea. Contudo, esse centro não dá para ver a olho nu”, explica.
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