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Moradores de favelas em São Paulo enfrentam dificuldades com ruas inacessíveis para carros

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Quase 800 mil pessoas vivendo em favelas de São Paulo habitam ruas que só podem ser acessadas por moto, bicicleta ou a pé, conforme dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, existiam 3,6 milhões de residentes em favelas naquele ano, sendo que 21,7% das pessoas moravam em locais onde carros não conseguem entrar.

Mesmo assim, 2,8 milhões (80,5%) dos moradores residiam em áreas pavimentadas. A dificuldade de mobilidade é explicada pela presença de vielas e becos característicos das favelas.

As ruas estreitas limitam o transporte coletivo nessas regiões. Apenas 6,2% (224 mil) dos residentes tinham acesso a pontos de ônibus ou vans. Em áreas fora dessas comunidades, a porcentagem de pessoas com acesso a esse tipo de transporte era mais do que o dobro (15,2%).

Falta de infraestrutura urbana e poucas áreas verdes

Quase metade (44,8%) dos moradores de favelas em São Paulo viviam em ruas sem calçadas. Em contraste, nas demais áreas da cidade, apenas 4,8% das pessoas enfrentavam essa ausência. Enquanto fora das favelas a iluminação pública alcançava 98,6% da população, dentro desses locais 545 mil (15,2%) moradores residiam em ruas sem postes de luz.

Do ponto de vista ambiental, o estudo mostrou que dois terços (66,4%) das pessoas moravam em vias sem árvores em 2022. Além disso, 1,9 milhão (55,3%) viviam em áreas desprovidas de bueiros ou bocas de lobo, que são essenciais para o escoamento da água e para evitar enchentes e erosões.

A investigação realizada pelo IBGE considerou favelas e comunidades urbanas em todo o Brasil em 2022, abrangendo mais de 700 mil faces de quarteirões, 6.479.387 domicílios e 16.166.420 pessoas ao todo.

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