Foram entregues hoje (8) 112 apartamentos de habitação popular na região da favela de Paraisópolis, zona sul da capital paulista. O conjunto Vila Andrade C foi construído pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), do governo estadual, e teve o terreno cedido pela prefeitura.
As famílias escolhidas saíram de áreas de risco, locais de obras públicas e estavam inscritas no programa municipal de auxílio-moradia. Foram investidos R$ 9,1 milhões da CDHU e R$ 2,8 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.
O prefeito João Doria admitiu a redução de recursos federais para a área da habitação. “Evidentemente, temos uma crise, que afetou o volume de recursos destinados à habitação popular em todo o país. Mas há um esforço reconhecido do governo federal em manter os seus programas, especificamente na cidade de São Paulo”.
De acordo com o prefeito, o município deve anunciar, até inicio do ano que vem, 500 novas unidades populares em Paraisópolis. Atualmente, a área onde serão construídos os apartamentos está em processo de desapropriação. O empreendimento terá parceria com governo estadual.
Segundo o governador Geraldo Alckmin, estão em construção, na capital paulista, cerca de 4 mil unidades pela CDHU, além de 7.780 unidades pelo Programa Casa Paulista e 1.293 de Parceria Público-Privada (PPP).
Os recursos estaduais são provenientes do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS), que destina 1% à habitação, valor que gira em torno de 1.3 bilhão por ano.
O estado complementa os recursos para moradia com a carteira de recebíveis da CDHU, que tem, atualmente, 600 mil unidades.
“As pessoas pagam a prestação [que gera] R$ 300 milhões ao ano, e tem os financiamentos na Serra do Mar e a PPP da habitação, que mistura recursos privados e público. Estimamos, [para a PPP], em torno de R$ 500 milhões”, declarou o governador.
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