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Moradores protestam no Ipiranga e energia é religada após 4 dias

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Moradores do Ipiranga, localizado na zona sul de São Paulo, promoveram uma manifestação contra a Enel no sábado (13/12) após enfrentarem mais de quatro dias sem fornecimento de energia elétrica. De acordo com relatos ao Metrópoles, o protesto terminou quando um caminhão da empresa chegou para restabelecer o serviço às 15h20.

O apagão teve início na quarta-feira (10/10) em decorrência de uma tempestade e a passagem de um ciclone extratropical com ventos que alcançaram quase 100 km/h. Representantes da Enel visitaram a área no dia seguinte, mas afirmaram que dependiam da prefeitura para o corte de uma árvore que impedia o restabelecimento da energia.

“Eles alegavam que o problema era complexo, porém era algo simples, pois o defeito foi identificado em ponto específico. Hoje, após o protesto dos moradores, a Enel veio com dois veículos e resolveu a questão em menos de duas horas. Por que demoraram tanto para solucionar?”, questionou o advogado Marcos Minichillo de Araújo, 56 anos.

A estudante Isabella Hashimoto, 21 anos, que reside na rua do protesto, participou da manifestação. Ela mantém um restaurante de culinária japonesa com a família e relatou prejuízo de cerca de R$ 1.500 em produtos perecíveis, como congelados e peixes, devido à falta de energia. Na sexta-feira (12/12), cansada das perdas, comprou um gerador por mais R$ 1.500.

A aposentada Luzia Aparecida Teles, 76 anos, também sofreu perdas e precisou da ajuda de amigos para conservar medicamentos essenciais, como insulina. O auxiliar de manutenção Cícero Felix dos Santos, 64 anos, contou que tudo em sua geladeira estragou.

A ausência de energia afetou ainda os semáforos na cidade, especialmente no Ipiranga, onde o cruzamento da Avenida Nazaré com a Rua Antonio Marcondes teve a circulação reduzida com cones da CET, devido aos sinais apagados. Motoristas precisaram redobrar a atenção para atravessar, o que ocasionou diversos quase acidentes.

A Enel anunciou na manhã de sábado que planeja restabelecer a energia para todos os afetados até o final de domingo (14/12). Entretanto, no início da noite, cerca de 340 mil imóveis ainda permaneciam sem eletricidade.

Essa situação ocorreu após determinação da Justiça para que a empresa resolva o problema em até 12 horas, sob pena de multa de R$ 200 mil por hora.

A companhia explicou que o vendaval foi o mais duradouro já registrado na região, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Desde o início das medições em 2006, é a primeira vez que a estação Mirante de Santana registra uma sequência tão longa de ventos acima de 70 km/h na cidade de São Paulo.

As condições climáticas agravaram significativamente o trabalho de reparação, já que as rajadas contínuas provocaram novas quedas de energia enquanto as equipes tentavam realizar o religamento.

A empresa também ressaltou que, desde quarta-feira, mobilizou um número recorde de equipes, chegando a quase 1.800 equipes na quinta-feira. Com o trabalho intenso e utilização de sistemas automáticos, conseguiram restabelecer energia para aproximadamente 3,1 milhões de clientes afetados pelo vendaval.

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