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Moradores reclamam do mato que toma conta da cidade e provoca insegurança

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Além de toda a crise no transporte, na educação e na saúde, os brasilienses sofrem com a falta de conservação e de manutenção da infraestrutura pública. O mato alto toma conta das ruas, das calçadas e dos parques e leva insegurança e sujeira a várias cidades do Distrito Federal. O problema é tão grave que os próprios moradores pagam ou arregaçam as mangas para cortar o matagal que cresce na porta de casa, como aconteceu na semana passada no Lago Sul.

Ontem, pela manhã, o Correio percorreu algumas regiões administrativas e constatou o abandono em quadras residenciais do Cruzeiro e do Sudoeste e no Parque Bosque, também no Sudoeste. “Em alguns lugares, as pessoas ficam com medo de passar, principalmente, à noite. Brasília está completamente largada, essa grama alta incomoda muito”, reclama a funcionária pública Vera Regina Veppo dos Santos, 58 anos, moradora da Quadra 304 do Sudoeste.

Segundo ela, essas moitas atraem usuários de drogas para as proximidades dos prédios e servem de esconderijo para assaltantes. Além disso, a vegetação sem corte nas ruas e nas calçadas também atrapalha as caminhadas e os passeios de bicicleta. “Às vezes, é preciso descer para o asfalto. Com as chuvas, muitos galhos de árvores caíram nas calçadas. O pessoal da manutenção fez a poda, mas até hoje não limpou a rua”, queixa-se.

A situação também alcança o Plano Piloto, como na 104 Norte. A presidente do Conselho Comunitário da Asa Norte e prefeita da quadra, Maria das Graças Borges Moreira, 63 anos, denuncia o descaso. “Nunca vi a cidade desse jeito. Em toda a Asa Norte, os moradores reclamam de grama alta e do lixo verde acumulado. Outro dia, a prefeita da 307 ligou para me dizer que apareceu uma cobra na pracinha da quadra”, contou. “Entramos em contato com a Administração Regional de Brasília, e eles disseram que resolveriam o problema nesta semana, mas ainda não apareceram por aqui. A população pede socorro.”

Fonte: Correio web

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