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Moraes autoriza confronto entre Cid e ex-assessor de Bolsonaro em caso da trama golpista

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou um confronto entre o tenente-coronel Mauro Cid, delator no processo da trama golpista e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o coronel Marcelo Câmara, que também atuou como assessor do ex-mandatário.

A solicitação para o confronto partiu da defesa de Marcelo Câmara, que afirmou ser esta uma medida essencial para buscar a verdade diante de três pontos controversos presentes nos depoimentos dados por Cid à Polícia Federal.

Os advogados explicitaram que o Código de Processo Penal permite o confronto quando houver divergências em depoimentos, e recordaram que o ministro Alexandre de Moraes já tinha autorizado outras fases do mesmo tipo dentro da investigação da trama golpista.

A defesa questiona principalmente os seguintes trechos do depoimento de Mauro Cid: a alegação de que Marcelo Câmara teria modificado documentos conhecidos como “minutas golpistas” em reuniões no Palácio da Alvorada; e a afirmação de que o coronel mantinha uma vigilância constante e consciente sobre o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Além disso, os advogados contestam a narrativa de que, no início dessa suposta vigilância, Câmara desconhecia os motivos dos pedidos de informação feitos por Cid, mas que depois teria compreendido a verdadeira razão por trás das solicitações encaminhadas pelo major Rafael Martins de Oliveira.

Segundo a defesa, os relatos de Cid estão dissociados de outras provas reunidas no inquérito.

Desta forma, defendem que o confronto direto é crucial para esclarecer as inconsistências e confrontar as versões apresentadas, contribuindo para a verdade dos fatos investigados.

Mauro Cid já participou de outro confronto, desta vez com o ex-ministro e general Braga Netto. Nessa ocasião, Cid confirmou ter recebido uma quantia em dinheiro vivo dentro de uma caixa de vinho fechada das mãos do militar. Já Braga Netto negou as acusações, afirmando que Cid estava mentindo durante o depoimento e contestou sua versão dos fatos.

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