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Moraes cancela prisão domiciliar de idosas que violaram tornozeleira

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cancelou a prisão domiciliar de duas idosas que tiveram envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro, devido a repetidas violações das regras do uso da tornozeleira eletrônica.
Iraci Nagoshi, de 72 anos, e Vildete Guardia, de 74 anos, infringiram as condições do monitoramento cerca de mil vezes somente em 2025. Moraes afirmou que essas infrações demonstram um absoluto desrespeito à autoridade da Suprema Corte.
Iraci foi sentenciada a 14 anos de prisão, incluindo 12 anos e meio de reclusão, e recebeu uma multa de 30 milhões de reais por danos morais coletivos. No mês anterior, sua prisão preventiva em regime fechado foi substituída por domiciliar.
No entanto, ela não respeitou o uso da tornozeleira, tendo ocorrido pelo menos 982 violações, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, que registrou falhas como desconexão do GPS, falta de sinal e bateria esgotada.
A defesa de Iraci alegou que as violações aconteceram em decorrência de sessões regulares de tratamento fisioterápico, musculação, pilates e hidroginástica para sua recuperação física e mental. Contudo, Moraes ressaltou que qualquer deslocamento para tratamentos deveria ter autorização prévia do STF. Além disso, Iraci estava sujeita a outras restrições, como proibição de redes sociais, contato com investigados, entrevistas e visitas.
Vildete foi condenada a 11 anos e 11 meses, com 10 anos e 8 meses de reclusão, e a mesma multa de 30 milhões. Sua prisão domiciliar foi concedida em abril, após avaliação da Procuradoria-Geral da República que apontou risco iminente de morte.
Ela também desrespeitou o uso da tornozeleira pelo menos 20 vezes, com falhas semelhantes às de Iraci. A defesa não apresentou justificativas convincentes para essas infrações, segundo decisão de Moraes.
O retorno de Vildete à prisão foi determinado em 7 de julho, e o de Iraci em 16 de julho.

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