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Moraes critica alegações na defesa e destaca julgamento jurídico

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), iniciou seu voto no julgamento do caso da trama golpista rebatendo e ironizando alguns dos argumentos apresentados pelas defesas dos réus. As declarações ocorreram durante a análise das preliminares, que são questionamentos feitos antes do mérito do processo.
A crítica principal de Moraes foi direcionada à alegação de que os oito primeiros depoimentos da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid seriam diferentes acordos. Para o ministro, isso configura litigância de má-fé ou demonstra desconhecimento dos autos, já que a divisão dos depoimentos por temas foi uma estratégia adotada pela Polícia Federal (PF) na investigação.
— Isso, com todo o respeito, é um claro exemplo de litigância de má-fé. Dizer que os oito primeiros depoimentos indicam delações contraditórias é ou desconhecimento dos autos ou má-fé.
O ministro também criticou a tática do advogado Matheus Milanez, defensor do ex-ministro Augusto Heleno, que tentou demonstrar cerceamento da defesa contabilizando o número de perguntas feitas ao réu.
— Existem argumentos jurídicos mais relevantes do que contar quantas perguntas foram feitas por advogados ou juízes.
Além disso, Moraes ironizou a reclamação do advogado José Luis Oliveira Lima, do ex-ministro Walter Braga Netto, sobre a impossibilidade de gravar a acareação com Mauro Cid. O advogado alegou que isso impediu detalhar reações físicas durante o depoimento. Para Moraes, o julgamento é de natureza jurídica, não psicológica.
— Foi alegado que a defesa não pôde descrever expressões faciais ou gestos durante a acareação, mas este é um julgamento jurídico, não psicológico.

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