Notícias Recentes
Moraes impede deputado investigado no STF de visitar Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou permissão para que o deputado federal Gustavo Gayer, que está sob investigação da Corte, visitasse o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo fato de ser investigado.
Bolsonaro está passando por investigações no STF e, por isso, está proibido de se comunicar com outros investigados ou réus, inclusive por meio de terceiros. Essa restrição foi aplicada no dia 18 de julho, como uma precaução para garantir a integridade das investigações envolvendo o ex-presidente.
Ao mesmo tempo, Moraes autorizou pedidos de visita de outros apoiadores do ex-presidente, como a vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão, e os deputados federais Domingos Sávio, Joaquim Passarinho, Alden José Lázaro da Silva e Júlia Zanatta, autorizando os encontros em datas específicas em agosto, no período das 10h às 18h.
O ministro destacou que essas visitas devem obedecer a todas as regras legais e decisões judiciais vigentes, garantindo que as restrições impostas no processo sejam cumpridas.
Ao decretar a prisão domiciliar, na segunda-feira, Moraes ampliou as restrições às quais o ex-presidente já estava submetido desde o fim de julho, quando o STF determinou o uso de tornozeleira eletrônica. Entre as novas restrições, estão a proibição de receber visitas e de utilizar telefone celular.
Moraes justificou a prisão de Bolsonaro com base na participação dele por telefone em uma manifestação contra o STF e a favor da anistia, que reuniu apoiadores em Copacabana, Zona Sul do Rio, no último domingo. O vídeo de uma das falas foi postado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), mas foi removido horas depois. Bolsonaro saudou os presentes e afirmou que o evento era “pela nossa liberdade, pelo nosso futuro e pelo Brasil”.
“Agindo de forma ilícita, o réu Jair Messias Bolsonaro falou aos manifestantes reunidos em Copacabana, produzindo voluntária e conscientemente conteúdo pré-apropriado para que seus seguidores continuassem a tentar pressionar o Supremo Tribunal Federal e a atrapalhar a Justiça. Inclusive, a ligação feita com seu filho, Flávio Nantes Bolsonaro, foi divulgada na plataforma Instagram”, escreveu Moraes.
Na visão do ministro, Bolsonaro criou material para ser compartilhado por seus três filhos nas redes sociais (Eduardo, Flávio e o vereador Carlos Bolsonaro) e outros apoiadores, contendo “conteúdo claro de incitação e estímulo a ataques” ao STF e “apoio explícito à interferência estrangeira” no Poder Judiciário. “A Justiça não aceitará que um acusado a desrespeite, achando que ficará sem punição por causa de seu poder político e econômico”, destacou o ministro, em letras maiúsculas.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login