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Moraes mantém preso condenado por bomba no aeroporto de Brasília

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu manter a prisão preventiva de Alan Diego dos Santos Rodrigues, condenado por tentativa de ataque ao colocar uma bomba em um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, no dia 24 de dezembro de 2022.

Na decisão tomada na Petição (Pet) 12445, Moraes ressalta que há um risco real de que o réu cometa novos atos ilegais se for libertado. Ele recorda que Alan Diego fugiu de Brasília logo após o atentado frustrado e só foi capturado em junho deste ano, no estado de Mato Grosso, depois de ser procurado pela polícia.

“Existem fortes e graves indícios do risco concreto de ocorrerem novos crimes e da aplicação da lei penal, considerando a fuga após a prática dos delitos e o início da fase processual após o recebimento da denúncia”, escreveu o ministro.

Moraes também ressaltou, em decisão divulgada em 31 de maio de 2024, que não existe nenhum fato novo que possa alterar a atual situação.

“É essencial garantir a ordem pública e a continuidade do processo judicial, não havendo qualquer fato posterior que justifique a revogação da custódia cautelar.”

Em outubro do ano passado, o ministro já havia rejeitado o pedido de libertação feito pela defesa do condenado.

Tentativa de golpe

Alan Diego está detido desde junho deste ano, após uma decisão do ministro, em resposta à denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra ele e outras duas pessoas pelos crimes de tentativa de supressão do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa armada, além de solicitar a prisão preventiva.

Outros dois envolvidos no incidente com a bomba no caminhão, ocorrido na véspera do Natal de 2022, são: o blogueiro Wellington Macedo de Souza, sentenciado a seis anos por planejar o atentado e fornecer carona a Alan Diego no dia do crime; e George Washington de Oliveira Sousa, que admitiu ter comprado armas e explosivos utilizados na tentativa de ataque.

Segundo os registros, Alan Diego dos Santos Rodrigues colocou a bomba em um caminhão-tanque perto do aeroporto da capital federal e reconheceu que recebeu o artefato em um acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, onde manifestantes defendiam um golpe de Estado.

Em maio de 2023, a 10ª Vara Federal do Distrito Federal condenou Alan Diego e mais dois envolvidos a cinco anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelos crimes de explosão e incêndio.

A investigação foi então encaminhada ao STF para avaliar possíveis crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Em dezembro de 2025, por uma decisão unânime em sessão virtual, a Primeira Turma da Corte Suprema aceitou a denúncia da PGR e tornou Alan Diego réu por crimes mais graves relacionados ao Estado Democrático de Direito, incluindo tentativa de golpe de Estado e associação criminosa armada.

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