Mortes de motociclistas aumentam em vias pendentes para Faixa Azul

A Prefeitura de São Paulo reporta que 25 motociclistas perderam a vida em ruas que estão aguardando autorização para implantação da faixa exclusiva para motos, conhecida como Faixa Azul. A efetivação dessas faixas depende da aprovação da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).

Entre julho de 2024 e outubro de 2025, foram registrados 647 acidentes em 73 vias que ainda não possuem a sinalização necessária. A administração do prefeito Ricardo Nunes pretende ativar 80 quilômetros de Faixas Azuis já planejadas para a cidade.

As áreas mais críticas incluem a Avenida Atlântica, na zona sul, com 6 mortes e 106 acidentes; a Avenida Assis Ribeiro, na zona leste, com 5 mortes e 36 acidentes; e o prolongamento da Avenida Inajar de Souza, na zona norte, com 2 mortes e 55 acidentes. Outras avenidas de grande movimento, como Ragueb Chohfi (44 acidentes, 3 mortes), Jaguaré (21 acidentes), Rio Branco (11 acidentes) e Ipiranga (11 acidentes), também estão incluídas no levantamento.

Faixa Azul em São Paulo

Criada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo, a Faixa Azul tem como objetivo separar fisicamente o fluxo das motocicletas do restante do tráfego. Essa separação ajuda a reduzir os conflitos entre motos, carros e caminhões, diminuindo significativamente a gravidade dos acidentes de trânsito.

Pesquisas da CET indicam que a implantação da Faixa Azul resultou em uma redução de 47% nas mortes nas áreas onde o projeto foi implementado.

Desde a criação do programa em janeiro de 2022, a prefeitura já instalou 232,7 quilômetros de Faixa Azul em 46 vias na cidade. Conforme informações oficiais, esses corredores já estão mapeados, sinalizados e preparados tecnicamente para o início do projeto, faltando somente o aval da autoridade federal. As solicitações encaminhadas à Senatran foram divididas em dois grupos: um conjunto aguarda liberação desde julho de 2024 e outro desde janeiro deste ano.