Economia
Motta defende manutenção da isenção do IR no plenário
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta quarta-feira que o texto que prevê a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais deve ser preservado durante a votação no plenário.
Há tentativas por parte da oposição para reduzir as medidas compensatórias previstas na proposta, enquanto o Palácio do Planalto trabalha para impedir que isso aconteça.
Motta participou hoje da segunda edição do Agenda Brasil, organizada por O Globo, rádio CBN e Valor Econômico, em Brasília, ao lado do relator da reforma administrativa, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), da ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e outros especialistas, com a abertura do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
“Minha avaliação é que possivelmente aparecerão destaques no plenário buscando alterações. Porém, pela forma como o texto foi construído, acredito que ele será mantido. Precisamos esperar, pois a política é dinâmica. A aprovação unânime do relatório na comissão revela que o trabalho foi bem realizado. As compensações estão bem definidas, e o texto chega ao plenário com grande força. A urgência da matéria foi aprovada simbolicamente”, afirmou Motta.
O projeto foi encaminhado pelo governo, com a relatoria na Câmara sob responsabilidade do deputado Arthur Lira (PP-AL). A estratégia do Planalto para evitar alterações prejudiciais inclui a criação de um cronograma conjunto, elaborado em parceria com Motta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, visando alinhar o calendário e os discursos nas duas casas legislativas para aprovar a proposta até o final de setembro.
A elevação da faixa de isenção do imposto de renda, que passará de R$ 3.036 para R$ 5 mil mensais, é uma das prioridades do governo no Congresso e uma promessa de campanha do presidente Lula.
O deputado Odair Cunha (PT-MG) ressaltou a importância do tema, afirmando que o governo empenha esforços para que a proposta seja debatida e votada em ambas as casas do Congresso. Além disso, ele destacou que essa iniciativa integra uma agenda mais ampla de ajustes no sistema tributário brasileiro.

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