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Motta ganha força após embate com governo e fala em recursos do Congresso para defesa

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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem afirmado a seus aliados que está calmo diante das críticas que tem recebido nas redes sociais.

Depois de liderar uma derrota significativa para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, derrubando o decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o deputado percebe que essa disputa com o Executivo reforçou sua posição como chefe da Câmara. Além disso, Motta avalia que detém um conjunto de instrumentos para responder a possíveis novos ataques do Palácio do Planalto contra o Congresso.

Desde esse revés, o governo e o próprio Lula têm adotado um discurso simplificado de “ricos contra pobres”, argumentando que a medida beneficiaria as camadas menos favorecidas, enquanto o Congresso teria agido em prol da elite econômica.

O tema da “justiça fiscal” tornou-se uma bandeira nas redes digitais, ao passo que o governo acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão tomada pelos parlamentares.

Para Motta, esse episódio se tornou uma oportunidade importante para consolidar sua imagem interna como defensor das prerrogativas legislativas.

Após alguns meses de mandato marcados por disputas entre extremos políticos, o deputado relata que essa crise ajudou a unir seus principais apoiadores.

Ele minimiza o impacto dos ataques virtuais, ressaltando que “um político de centro sempre sofrerá críticas”. Porém, alerta que, caso os ataques extrapolem, o Legislativo possui mecanismos suficientes para reagir.

Um exemplo mencionado por Motta é que, caso o presidente vete o projeto que amplia o número de deputados federais, o Congresso poderá derrubar este veto. A proposta, aprovada na Câmara e no Senado recentemente, eleva o total de deputados de 513 para 531.

Outro ponto destacado é o papel do Congresso na definição dos prazos para análise das Medidas Provisórias enviadas pelo Planalto. Caso não sejam votadas em até 120 dias, perdem a validade. A expectativa é de que o governo não adote novas medidas que agravem essa relação institucional.

Recentemente, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães, repudiaram publicamente os ataques virtuais direcionados a Hugo Motta. A tentativa do governo de acirrar o discurso de “ricos contra pobres” tem aumentado a pressão sobre o Congresso nas redes.

A cúpula do Legislativo não foi alvo direto do governo, mas grupos alinhados à esquerda têm intensificado as críticas.

Conforme declarou Gleisi Hoffmann, “o debate e as divergências são parte da democracia, mas nada justifica ataques pessoais e desrespeitosos nas redes sociais contra o presidente da Câmara, Hugo Motta. Repudio essas atitudes. O respeito às instituições e às pessoas é fundamental para construirmos as soluções para o país, incluindo a justiça tributária.”

A iniciativa do governo de levar ao STF a questão do decreto do IOF contou com o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar anular a decisão tomada pelos parlamentares, atitude que recebeu críticas de líderes no Congresso.

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