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Mourão critica tarifa dos EUA e defende Bolsonaro contra injustiça

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente do Brasil durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), manifestou críticas na terça-feira ao aumento de 50% nas tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, decisão anunciada recentemente pelo presidente americano Donald Trump. Trump atribuiu esta medida, em parte, a ataques contra as eleições livres e a liberdade de expressão nos Estados Unidos, vindo do Brasil.
Hamilton Mourão defendeu Bolsonaro, alegando que o ex-presidente está sendo vítima de uma injustiça política, especialmente diante do julgamento que enfrenta por tentativa de golpe. Mesmo reconhecendo essa injustiça, Mourão ressaltou que a economia brasileira não deve ser afetada pela retaliação americana.
“Podemos buscar contato com a Comissão de Relações Exteriores do Senado americano para abrir novos canais de diálogo, considerando os mais de 200 anos de relação entre Brasil e Estados Unidos. Não aceito que pessoas como Greta Thunberg, Leonardo DiCaprio ou Emmanuel Macron interfiram em nossas questões internas, tampouco concordo com a medida do presidente Trump”, afirmou Mourão durante uma sessão da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Por sua vez, a ex-ministra da Agricultura durante o governo Bolsonaro, Tereza Cristina, defendeu a conciliação e criticou o aumento das tarifas, classificando-o como um “jogo de perde-perde”. Ela enfatizou que é fundamental evitar tensões políticas e busca sempre o diálogo para resolver impasses, destacando a importância das cadeias produtivas que geram empregos tanto no Brasil quanto nos EUA e que não deveriam sofrer consequências negativas por disputas de ordem política.
Além disso, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Alban, aconselhou que todas as possibilidades de negociação sejam exploradas antes de qualquer retaliação ao aumento tarifário. A indústria brasileira teme que a medida possa causar a perda de pelo menos 110 mil empregos, além de afetar significativamente o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

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