MP cobra Prefeitura e blocos sobre confusão em desfiles na Vila Madalena

O Ministério Público (MP) cobrou explicações da Prefeitura de São Paulo e da organização de blocos de rua sobre denúncias de confusão e desrespeito às regras pré-combinadas para os desfiles de carnaval na Vila Madalena, na Zona Oeste da capital, no último fim de semana. Um morador registrou em vídeo brigas, além do descumprimento da lei do silêncio.

Em audiência na sede do MP nesta quarta-feira (4), um grupo de moradores do bairro pediu a suspensão dos desfiles de carnaval no local. Já a Promotoria e a organização dos blocos dizem que a medida não será necessária porque as questões podem ser resolvidas com melhor organização da Prefeitura, informou.

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O Ministério Público solicitou à administração municipal a real estrutura existente para acompanhar os desfiles. Para os representantes dos blocos, a Promotoria quer saber o número de participantes do último fim de semana e dos próximos dias com desfiles marcados. Até esta publicação, a reunião não havia sido encerrada.

Música alta e vandalismo
O encontro dos primeiros blocos no bairro causou transtornos para quem vive no local no fim de semana. A música alta não parou no horário combinado – às 22h – e seguiu até a madrugada em alguns bares e restaurantes da Vila Madalena.

Os foliões ficaram concentrados no quadrilátero composto pelas ruas Girassol, Wisard, Simão Alvares e Cardeal Arcoverde, mas alguns grupos ocuparam outras vias da Vila. Imagens feitas por um morador na madrugada de domingo (1) na Rua Aspicuelta mostram o barulho por volta das 3h.

Mesmo após o desfile dos blocos, os foliões continuaram na rua e vendedores ambulantes comercializavam bebida e comida sem o crachá que identifica o cadastro da Prefeitura.

A falta de fiscalização no trânsito também causou confusão. A Prefeitura tinha prometido a presença de fiscais, mas ninguém viu os agentes no local e carros passavam em meio à multidão. Também houve vandalismo e brigas entre pessoas alcoolizadas.

Moradores pediram ajuda à uma equipe da Polícia Militar, que estava com uma alguns quarteirões abaixo do local. Quando a PM chegou, a multidão começou a se dispersar.

Na Rua Inácio Pereira da Rocha, uma placa anuncia a intenção de uma moradora de sair do bairro. A comerciante Norma Kokitti mora em cima da loja dela e tenta vender o imóvel há um ano. Ela diz que não aguenta mais a confusão dos blocos e a falta de fiscalização que prejudica a vida no bairro.

Fonte: G1