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MSF para atendimentos em Gaza por ataque israelense

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) declarou nesta sexta-feira (26) a suspensão de suas operações na Cidade de Gaza. Suas instalações médicas estão cercadas pelo exército israelense, que iniciou uma ofensiva para capturar a região.
Jacob Granger, coordenador de emergência da MSF em Gaza, afirmou: “Não tivemos outra opção a não ser interromper nossos serviços, pois nossas clínicas estão cercadas pelas forças israelenses. Esta é a última situação que desejávamos, especialmente porque as necessidades na Cidade de Gaza são imensas, e os mais frágeis — como bebês em cuidados neonatais, pacientes com ferimentos graves e pessoas em estado terminal — não conseguem se locomover e estão em alto risco.”
Na semana anterior, os centros da MSF em Gaza realizaram mais de 3.640 atendimentos e cuidaram de 1.655 pacientes com casos de desnutrição. A organização exige o fim imediato dos confrontos e a garantia de acesso livre e seguro para todos os profissionais humanitários.
Mesmo com a suspensão dos atendimentos na Cidade de Gaza, a MSF deseja continuar dando suporte aos serviços essenciais do Ministério da Saúde, incluindo os hospitais Al Helou e Al Shifa, enquanto estes permanecerem funcionando.
A Defesa Civil em Gaza, vinculada ao Hamas, informou que desde o início do dia, ao menos 22 pessoas morreram na Faixa de Gaza, sendo 11 na Cidade de Gaza.
O Exército de Israel comunicou que sua força aérea atingiu mais de 140 alvos em toda a Faixa de Gaza, incluindo combatentes, túneis e estruturas militares, nas últimas 24 horas.
Segundo o Exército israelense, aproximadamente 700.000 palestinos deixaram a Cidade de Gaza desde o fim de agosto.
Além disso, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) relata que cerca de 388.400 pessoas já migraram para o sul da Faixa de Gaza desde o final de agosto, a maioria proveniente da Cidade de Gaza.

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