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Mudança climática não destruirá a humanidade, diz Bill Gates
A mudança climática não vai causar a extinção da humanidade, afirmou o bilionário Bill Gates em um texto detalhado em que defende uma abordagem prática para lidar com o aquecimento global provocado pelo homem.
Esta declaração foi publicada em seu site na noite de segunda-feira (27), poucos dias antes da conferência climática COP30, que será realizada no Brasil.
O fundador da Microsoft, conhecido por apoiar tecnologias sustentáveis por meio de sua organização Breakthrough Energy, reconheceu que a mudança climática trará consequências sérias, mas ressaltou que as pessoas ainda poderão viver e prosperar em grande parte do planeta num futuro próximo.
Bill Gates, que completa 70 anos na terça-feira, apresentou suas “Três verdades difíceis sobre o clima”: a mudança climática não destruirá a civilização, a temperatura não é o melhor indicador de progresso, e a saúde e o bem-estar são as defesas mais eficazes contra um mundo mais quente.
Apesar de o planeta estar longe de alcançar as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa estabelecidas no Acordo de Paris, Gates acredita que os avanços obtidos até agora devem ser valorizados.
Para ele, a pobreza e as doenças continuam sendo os maiores desafios da humanidade.
“Nosso foco principal deve ser evitar o sofrimento, especialmente naqueles que vivem em condições difíceis nos países mais pobres”, destacou.
Isso implica, por exemplo, dar menos atenção em limitar dias de calor ou frio extremos e mais em garantir que menos pessoas vivam na pobreza e com saúde precária, de modo que eventos climáticos extremos sejam menos ameaçadores para essas populações.
Bill Gates comparou sua mensagem atual a um memorando que escreveu há 30 anos na Microsoft, onde sugeria priorizar a internet em todas as ações da empresa.
Ele também enfatizou que a comunidade ambiental precisa de uma mudança de estratégia na COP30 e nos anos seguintes, focando nas ações que mais impactam o bem-estar humano.
Gates deixou funções executivas na Microsoft em 2008 para se dedicar à filantropia. Em 2015, fundou a Breakthrough Energy, um fundo que investiu cerca de 2,2 bilhões de dólares (R$7,43 bilhões na época) em tecnologias inovadoras, como o cimento com baixo carbono.

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