Mudanças na CPMI do INSS geram reclamações e retaliações

“Não perco um minuto pensando nisso”
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep-SP), sobre críticas de Lula (PT)

Trocas na CPMI do INSS geram reclamações e retaliações
Não é verdade que as alterações na bancada governista na CPMI do INSS sejam uma represália do governo, que enfrenta derrotas nas votações. Otto Alencar (PSD-BA) já demonstra desejo de sair da tarefa de defender o governo em um tema delicado, especialmente próximo às eleições. Pelo menos dois parlamentares baianos estão deixando a comissão, e Lula também tomou atitude contra dois aliados que não compareceram à eleição da presidência da CPMI.

O deputado Rafael Brito (MDB-AL) não participou da votação em que a oposição conquistou a presidência e a relatoria da CPMI em uma virada histórica.

Lula recordou que fez campanha em vídeo para Rafael Brito nas eleições para prefeito de Maceió, mas o prefeito JHC foi reeleito com 83,25% dos votos.

Outro que sofreu a troca e demonstra ressentimento é o senador Cid Gomes (PSB-CE), que também não esteve presente na votação para comandar a CPMI.

Recentemente, o senador cearense esteve no PDT, partido do ex-ministro Carlos Lupi (Previdência), demitido após denúncias sobre irregularidades no INSS.

Exposição do método petista

A antiga tática de Lula de tentar destruir a reputação dos adversários por meio de órgãos oficiais está detalhada na obra “Assassinato de reputações – Um Crime de Estado”, do ex-secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Junior (ed. Topbooks, Rio, 557 pp, 2013). Filho do delegado Romeu Tuma, investigou casos como a morte do ex-prefeito petista de Santo André (SP), Celso Daniel.

Celso Daniel foi sequestrado e torturado brutalmente, métodos similares aos usados hoje em dia em justiçamentos do PCC. Suspeitas de que ele foi vítima de queima de arquivo ainda persistem entre familiares.

Contexto político recente

Jason Miller, conselheiro de decisões de Trump sobre o Brasil, citou Maquiavel ao comentar sobre Moraes e o STF: “Corrupção absoluta corrompe absolutamente!”. Miller relembra ter sido detido no Brasil em 2021 e interrogado a mando do ministro.

Na oposição, o parecer contrário do advogado Paulo Gonet a ações policiais na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro pode ter sido alinhado com Alexandre de Moraes, que aparenta ter recuado ligeiramente, ao contrário do que havia ameaçado.

Guilherme Barcelos, especialista em Direito Constitucional, critica duramente as ações policiais dentro da casa do ex-presidente, afirmando que “medidas sob medida nunca são vantajosas”.

O ex-deputado Roberto Freire recorda que o PT governou o Brasil por 17 dos últimos 25 anos, e lamenta a estratégia de culpar exclusivamente governos anteriores pelo atraso do país.

A operação “Carbono Oculto”, apelidada de maior combate ao crime organizado na história por Lula e aliados, mobilizou mais de mil agentes da Polícia Federal, mas resultou em apenas seis das 14 prisões previstas.

A Freedom House avaliou a internet no Brasil como “parcialmente livre” para o ano de 2025, com nota 65, refletindo limitações à liberdade dos cidadãos online.

Nos Estados Unidos, um juiz considerou ilegais as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, embora o veredito final dependa da Suprema Corte conservadora do país.

Faltam menos de 400 dias para as eleições de 2026 e cerca de nove meses para encerrar o cadastro eleitoral para as votações presidenciais, estaduais e legislativas.

Às vezes, recuar pode não ser um simples recuo, mas uma estratégia pensada.

PODER SEM PUDOR

Raro deputado: O episódio é de vários estados, mas cearenses asseguram que aconteceu com Crisanto Moreira da Rocha. Durante sua campanha para deputado federal no interior, parou para comer em um boteco e pediu seis ovos fritos para ele e seus acompanhantes. Quando viu a conta alta de 600 mil réis, questionou: “Ovos aqui são difíceis de encontrar?” O dono do bar respondeu: “Não, doutor, ovos são fáceis. Difícil aqui é encontrar deputado federal…”