Mundo
Muitas pessoas buscam abrigo nas Filipinas com chegada do supertufão Ragasa

Mais de 10.000 pessoas buscaram abrigo nesta segunda-feira (22) em escolas e centros de proteção nas Filipinas, devido às fortes chuvas e ventos causados pelo supertufão Ragasa no norte do arquipélago.
O tufão atingiu a ilha de Calayan, que pertence ao pouco povoado Babuyan, por volta das 15h00 (4h00 de Brasília), conforme informou o serviço meteorológico das Filipinas.
Às 14h00 (3h00 de Brasília), os ventos no centro do ciclone alcançavam 215 km/h, com rajadas de até 295 km/h, segundo a mesma fonte.
Tirso Tugago, morador da área costeira de Appari, na província norte de Cagayan, relatou: “Acordei com ventos fortes que batiam nas janelas, parecendo o barulho de uma máquina em funcionamento”.
Rueli Rapsing, diretor do serviço de emergência da província filipina, declarou à AFP: “Estamos enfrentando ventos intensos no norte de Cagayan”. Ele ressaltou que as autoridades estão preparadas para enfrentar a pior situação.
“Como o supertufão seguirá por Calayan, nossa atenção está voltada para essa região”, acrescentou, referindo-se à cidade no norte da província.
O governo filipino ordenou a evacuação de moradores no norte do país no domingo. Escolas e estabelecimentos comerciais permaneceram fechados nesta segunda-feira em Manila e em 29 províncias.
O cientista filipino John Grender Almario afirmou no domingo que as previsões apontam para inundações e deslizamentos graves no norte da ilha principal de Luzon, onde está localizada a capital Manila.
Na China, a cidade de Shenzhen está planejando realocar 400.000 pessoas para abrigos em preparação para a chegada do supertufão, conforme informaram as autoridades.
Outras cidades da província de Guangdong, onde Shenzhen está situada, anunciaram suspensão das aulas, do trabalho e dos serviços de transporte.
A companhia aérea Cathay Pacific, de Hong Kong, comunicou nesta segunda-feira o provável cancelamento de mais de 500 voos devido à passagem do Ragasa.
Em Taiwan, residentes de áreas montanhosas próximas a Pingtung deixaram suas casas, conforme indicou à AFP o bombeiro James Wu.
“Nos preocupa que os estragos possam ser comparáveis aos do tufão Koinu, há dois anos”, afirmou Wu, relembrando a tempestade que causou interrupções no fornecimento de energia elétrica e arrancou telhados na região.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login