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Muito além do MASP: confira 5 edifícios icônicos que Doria deveria conhecer

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A declaração de João Doria de que apenas a ponte Octávio Frias de Oliveira (Ponte Estaiada) e o MASP representam símbolos da capital causou estranheza. Será que falta ao prefeito, que tem planos ambiciosos para a paisagem da cidade com o seu “Centro Novo”, conhecimento da arquitetura da cidade?

A Jovem Pan conversou com o arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), Rodrigo Queiroz para desvendar o mistério. A resposta não supreende: para ele, a cidade possui diversos edifícios que podem entrar na classificação de Doria.

Entre eles estão os tradicionais edifício Pauliceia, na Avenida Paulista com a Rua São Carlos do Pinhal, e o Edifício Viadutos, na Avenida São Luiz. E mais: o professor ainda disse que a Ponte Estaiada até tem um “quê” de representatividade, mas não oferece outra utilidade que não seja a passagem de carros.

E aí se mostra um outro ponto. O que torna um edifício icônico para a cidade? Na concepção do arquiteto, a definição vai além de sua beleza. O ponto chave está na relação direta da população com a cidade.

Como exemplo, ele cita o Sesc Pompeia como grande símbolo da arquitetura moderna. “A questão é tornar a cidade mais viva e ocupar os espaços públicos. Mas parece que se passou a desenhar a cidade para objetos que não são arquitetônicos. Passamos por um momento de crise e as obras são feitas para serem atrações turísticas”, critica.

A Avenida Paulista e o Minhocão, que aos finais de semana fecham para o trânsito de carros, para ele, são “a cara da nova arquitetura e trazem o sentimento de pertencimento à população”.

A pedido da Jovem Pan, então, Rodrigo Queiroz apresenta ao prefeito João Doria cinco locais da cidade de São Paulo que também podem ser chamados de “icônicos”. Confira:

– Conjunto Nacional

Construído em 1956, o Conjunto Nacional é icônico não só pelo embasamento horizontal, mas principalmente por trazer a cidade para “dentro” do edifício por conta de cafés, livrarias e cinema.

 

– Edifício Copan

Curvas suntuosas colocam o Copan como a cara de São Paulo

Postado no número 200 da Avenida Ipiranga, no centro, o Copan foi inaugurado em 1966. O prédio tem 32 andares, 120 mil m² de área construída, 1600 apartamentos e concentra 5 mil moradores de todas as classes sociais. Na opinião de Queiroz, nada é mais a “cara” de São Paulo do que edifício projetado por Oscar Niemeyer.

 

– Sesc Pompeia

Sesc Pompeia é um marco da arquitetura paulistana

Protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Sesc Pompeia, na zona oeste, foi erguido no lugar de uma antiga fábrica de tambores. Com dois grandes blocos de concreto, aberturas irregulares e passarelas que se interligam, o projeto de Lina Bo Bordi “resgata a experiência urbana”. O Sesc Pompeia, inaugurado em 1986, se tornou em um espaço de convivência, entretenimento e esportes.

 

– Pinacoteca do Estado de São Paulo

Inaugurada em 1905, a Pinocoteca do Estado de São Paulo foi projetada por Ramos de Azevedo e Domiziano Rossi. Na década de 90, o local, que concentra um rico acervo artístico, passou por uma intervenção do arquiteto modernista Paulo Mendes da Rocha.

 

– Sesc 24 de Maio

Sesc 24 de maio está instalado no prédio da antiga Mesbla, no centro de São Paulo

O recém inaugurado Sesc 24 de Maio, na região da República, foi construído no mesmo prédio da antiga loja de departamento Mesbla. Também projetado por Paulo Mendes da Rocha, o local é o claro exemplo da apropriação da cidade, uma vez que está instalado na centro da capital e recebe diversos públicos, oferecendo opções culturais e de lazer. O edifício ainda traz uma piscina de 625m² na cobertura.

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