Centro-Oeste
Mulher presa por falsa ameaça de bomba no Aeroporto de Brasília é liberada
Karyny Virgino Silva, bancária natural do Maranhão, foi liberada após audiência de custódia na última segunda-feira (27/10).
Ela foi detida no Aeroporto Internacional de Brasília depois de declarar que ‘havia uma bomba na mala’ durante o processo de embarque no domingo (26/10).
A prisão foi realizada pela Polícia Federal (PF) por conta de atentado contra a segurança do transporte aéreo. Segundo a defesa, Karyny estava acompanhada de uma amiga quando fez a declaração no balcão da companhia aérea.
No momento do check-in e despacho de bagagem, Karyny teria respondido ‘só se for uma bomba’ quando questionada sobre o conteúdo da mala. O atendente interpretou a frase como uma ameaça séria e acionou a Polícia Federal, resultando na prisão da bancária.
Karyny Virgino Silva admitiu a frase para as autoridades, mas alegou que tudo não passou de uma brincadeira de mau gosto sem intenção de causar pânico ou prejuízo à operação aérea.
Em seu depoimento, classificou o episódio como um mal-entendido e reconheceu ter agido com imprudência. A acompanhante da bancária permaneceu em silêncio durante o interrogatório e foi imediatamente liberada.
Não houve impacto nos voos; nenhuma operação no aeroporto foi suspensa ou atrasada por causa do incidente.
A defesa argumentou que, apesar do comportamento irresponsável, não houve intenção de causar pânico ou atrapalhar a função do aeroporto, ressaltando que Karyny é ré primária, possui endereço fixo e emprego, e que a prisão preventiva seria desnecessária e desproporcional.
Foi solicitado ainda que a prisão fosse substituída por medidas cautelares, como comparecimento periódico à Justiça, proibição de frequentar aeroportos e restrição de viagens sem autorização judicial.
O artigo 261 do Código Penal prevê pena de 2 a 5 anos para quem praticar ato que impeça ou dificulte a navegação aérea. Caso haja intenção deliberada de causar perigo, o crime é tratado com maior gravidade, podendo ser considerado atentado contra a segurança pública.
A investigação continua sob responsabilidade da Polícia Federal, que apura as circunstâncias e determina se houve ameaça real à segurança do transporte aéreo.

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