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Mulher que jogou filho no Lago Paranoá vai responder por homicídio qualificado

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Criança morreu aos 5 meses de idade, atirada da Ponte JK. Crime ocorreu no dia 7 de abril

O Ministério Público do Distrito Federal entrou na Justiça contra a mulher suspeita de matar o filho de 5 meses, jogando a criança no Lago Paranoá. A acusada, de 36 anos, vai responder por homicídio qualificado, pelo emprego de asfixia por afogamento. O crime ocorreu no dia 7 de abril. No entendimento do MP, cabe aumentar a pena de Elizângela dos Santos Carvalho porque a vítima tem menos de 14 anos. Em depoimento, a mulher confessou a ação. Se condenada, poderá pegar pena de 12 a 30 anos de prisão.

Segundo as investigações, ela mora em Santa Maria e saiu com o bebê e outro filho em uma sexta-feira. “Na data dos fatos, a denunciada saiu de sua residência na companhia da vítima e de outro filho mais velho, informando à família que iria ao banco e posteriormente a uma consulta médica para a criança mais nova”, detalhou o promotor Marcello Medeiros, responsável pela ação.

Trecho da denúncia contra a mulher que matou o próprio filho atirando o bebê no Lago Paranoá (Foto: Reprodução)

Trecho da denúncia contra a mulher que matou o próprio filho atirando o bebê no Lago Paranoá 

Para evitar ser presa, a mãe tentou até se esconder. Ela estava em cima de uma árvore quando foi avistada por uma servidora pública que participava de uma reunião na sede do partido político. A servidora disse que tinha acompanhado as notícias sobre o caso do bebê encontrado morto no Lago Paranoá, e reconheceu a mulher.

Ao chegarem, os policiais reconheceram a mãe, que estava bem vestida, mas muito confusa e desorientada, segundo eles. Só soube dizer o primeiro nome e falou que não lembrava de mais nada. A mulher tinha apenas uma sacola com R$ 10 e um vale-transporte.

Após as revelações, a mulher foi levada à Penitenciária Feminina (Colmeia), no Complexo Penitenciário da Papuda. Ela foi para uma ala de segurança, separada das demais detentas. O pedido de prisão preventiva foi aceito pelo Tribunal de Justiça de madrugada. De acordo com a Polícia Civil, o laudo da psicóloga que acompanhou a mulher durante o depoimento “não define o destino dela”.

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