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Multidão se une na Argentina contra cortes na saúde pública

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Uma grande manifestação tomou conta da Praça de Maio em Buenos Aires na quinta-feira (17), sob o lema “a saúde não se toca”, reivindicando melhores condições salariais para os profissionais da área da saúde.

Médicos, residentes, enfermeiros e outros trabalhadores de sindicatos diferentes exibiam cartazes com frases como “ajuste salarial imediato” e “defesa dos hospitais públicos”. Eles protestam contra o que chamam de um esvaziamento consciente da saúde pública, em meio a rigorosas medidas econômicas do governo liderado por Javier Milei.

Ignacio Meza, médico residente do hospital público Fernández, expressou à AFP que “a situação está delicada”. Segundo ele, as medidas que afetam os salários dos profissionais da saúde prejudicam diretamente o atendimento à população.

O foco da indignação foi o hospital público Garrahan, referência em atendimento pediátrico, onde os funcionários vêm promovendo greves devido à grave crise salarial.

Nicolás Morcillo, neonatologista do Garrahan, mencionou à CNN Rádio que: “há uma saída em massa de profissionais qualificados”. Ele também destacou que o hospital opera com orçamento defasado de 2023, sem previsibilidade financeira para o restante do ano.

Meza também relatou que sua equipe enfrenta sobrecarga extrema e cansaço, pois muitos pacientes buscam atendimento hospitalar por falta de medicamentos ou por não obterem assistência nos planos privados de saúde.

Durante a manifestação, o ministro da Saúde, Mario Lugones, negou que o hospital Garrahan esteja com cortes de recursos, afirmando nas redes sociais que a gestão atual está promovendo uma reestruturação para combater fraudes legais e melhorar a administração.

Ele declarou: “Estamos trabalhando para recuperar um sistema que foi deixado em condições ruins”.

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