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Museu Louvre reabre após roubo de joias

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O Museu do Louvre, localizado em Paris, voltou a receber visitantes nesta quarta-feira (22), três dias depois do audacioso furto de oito joias da Coroa, avaliadas em mais de 100 milhões de dólares (538 milhões de reais).

As autoridades ainda buscam os quatro suspeitos que realizaram o assalto no domingo pela manhã, na Galeria de Apolo, área do museu que é a mais frequentada no mundo.

Às 9h00 do horário local (4h00 de Brasília), horário normal de abertura, as primeiras pessoas entraram no museu.

No entanto, a Galeria de Apolo permanece fechada, conforme comunicado oficial do Louvre.

Foram levadas nove joias, entre elas, uma tiara de pérolas que pertenceu à imperatriz Eugênia e um conjunto de colar e brincos com safiras da rainha Maria Amélia. Durante a fuga, uma coroa foi abandonada.

Os ladrões chegaram em um caminhão com uma escada mecânica encostada em uma das fachadas do Louvre. Dois deles subiram até o primeiro andar e, usando uma serra circular, entraram pela janela da sala.

Investigação em andamento

O progresso da apuração foi afirmado pelo ministro do Interior, Laurent Nuñez, à imprensa. Ele informou que mais de 100 investigadores foram mobilizados para o caso.

A investigação esclarece detalhes sobre o roubo extraordinário.

Segundo a promotora de Paris, Laure Beccuau, os criminosos conseguiram alugar o veículo com a plataforma elevatória através de um falso contrato de aluguel para uma mudança.

Quando um funcionário da empresa foi ao local da mudança, encontrou dois indivíduos intimidadoras, mas sem uso de violência.

A promotora explicou ainda que o curador do Louvre avaliou os prejuízos em 88 milhões de euros (102 milhões de dólares, quase 550 milhões de reais), um valor muito alto, porém que não causa um dano histórico comparável.

Beccuau alertou que os ladrões não conseguirão lucrar essa quantia caso tentem derreter as joias.

Este caso é um dos maiores roubos de obras de arte das últimas décadas, embora o valor seja inferior ao prejuízo do roubo de 1990 no Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston, estimado em pelo menos 500 milhões de dólares (2,69 bilhões de reais atualmente).

Segurança e reações

A administração do Louvre defendeu as vitrines onde as joias estavam expostas, reagindo a uma publicação de um jornal satírico francês que as criticou como mais frágeis que as anteriores.

O museu esclareceu que as vitrines instaladas em dezembro de 2019 representaram um grande avanço em termos de segurança, pois as instalações antigas já não estavam adequadas.

Na manhã desta quarta-feira, muitos visitantes aguardavam com ansiedade para visitar o museu, que é o mais popular do mundo, com previsão de nove milhões de visitantes em 2024, sendo 80% estrangeiros.

“Estávamos muito ansiosas. Reservamos para hoje, não teríamos outra oportunidade de voltar”, contou Fanny, que viajou com a filha de Montpellier, no sul da França.

A presidente do Louvre, Laurence des Cars, irá prestar esclarecimentos hoje à Comissão de Cultura do Senado para explicar como o furto foi possível.

Des Cars, a primeira mulher a liderar o Louvre desde 2021, mantém-se em silêncio público desde o ocorrido.

A ministra da Cultura, Rachida Dati, descartou falhas internas de segurança, afirmando que os sistemas funcionaram adequadamente.

Dati ressaltou, entretanto, a insuficiente segurança nas áreas públicas externas, o que permitiu que os ladrões estacionassem o caminhão com a escada mecânica e acessassem o museu pela janela.

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