Após dois adiamentos, a Nasa lançou com sucesso na última quinta-feira uma frota de oito microssatélites para prever e medir melhor a potência das tempestades tropicais e dos furacões, segundo as imagens ao vivo da televisão da agência espacial americana.
O foguete Pegasus XL de três etapas, de 22,6 toneladas e 17 metros de comprimento, da empresa Orbital ATK, transporta os satélites do programa Cyclone Global Navigation Satellite System Mission (CYGNSS , na sigla em inglês). Pegasus foi lançado às 13h38, no horário local (11h38, no horário oficial de Brasília) de um avião espacial, o trijet L-1011 Stargazere.
“Nossa capacidade de antecipar a potência dos furacões antes deles tocarem a terra vai ser melhorada com os satélites CYGNSS”, disse antes do lançamento Christopher Ruf, da Universidade de Michigan, e responsável por esta missão. A previsão da Nasa é que o satélites já enviem dados na próxima temporada de furacões de 2017 – no final do verão de cada hemisfério.
Depois do lançamento, os satélites entraram na órbita terrestre a 500 quilômetros de altitude acima do Equador, onde se formam a maioria das tempestades tropicais e furacões. Com um custo de 157 milhões de dólares (526 milhões de reais, aproximadamente), a missão CYGNSS medirá a velocidade do vento sobre os oceanos melhorando a capacidade dos cientistas em entender e prever os furacões.
Os satélites pesam 64 quilos, cada um. Já os tamanhos têm, com os painéis solares desacoplados, o tamanho de um cisne adulto – entre 125 a 170 metros. Eles irão obter os seus dados provenientes dos sinais de quatro outros satélites a partir da rede de GPS.
A primeira tentativa de lançar os satélites foi no início desta semana, mas a operação foi cancelada devido a problemas técnicos do avião especial. Já a segunda tentativa foi na última quarta-feira, porém por problemas no programa de voo do foguete, novamente a Nasa cancelou o lançamento.
Segundo o blog oficial da Nasa, os controladores conseguiram se comunicar com os oito satélites.
Tempestades devastadoras
Furacão, ciclone e tufão são denominações diferentes para o mesmo fenômeno: tempestades oceânicas formadas a partir da evaporação da água do mar, a uma temperatura superior a 27ºC. No Japão é comum chamar de tufão. Já em todo o continente americano o nome é furacão e na Austrália e na Índia é ciclone.
No final, o resultado é o mesmo: uma megatempestade que pode durar até uma semana e os ventos ultrapassam 200 quilômetros por hora. Por demorar alguns dias para se formar, é possível monitorar um furacão e alertar a população do local, por exemplo, com antecedência.
Confira o momento do lançamentos dos oitos satélites:
(Com Agência AFP)
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