Economia
Natal deve ter vendas no varejo de R$ 72,71 bi, crescendo 2,1% em relação a 2024
As vendas no varejo para o Natal deste ano estão projetadas para atingir R$ 72,71 bilhões, representando um crescimento de 2,1% quando comparado ao mesmo período de 2024, já considerando a inflação. Essa previsão foi divulgada recentemente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Os supermercados devem responder por uma parte significativa desse volume, com vendas estimadas em R$ 31,51 bilhões, o que corresponde a 43,3% do total previsto para o varejo. Em seguida, estão as lojas de vestuário e calçados, estimadas em R$ 22,82 bilhões, ou 31,4% da projeção.
Se a previsão se confirmar, 2025 marcará o melhor Natal para o comércio brasileiro desde 2014, quando as vendas somaram R$ 77,26 bilhões.
José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, destacou em comunicado oficial que, apesar da desaceleração econômica e comercial, a estimativa oferece uma perspectiva positiva para os varejistas, que poderão amenizar os desafios provocados pelo alto custo do crédito e o endividamento da população ao longo do ano.
A CNC também prevê a criação de 112,6 mil empregos temporários para o Natal deste ano, um aumento de aproximadamente 5% em comparação aos 107,1 mil trabalhadores temporários contratados no ano passado. Os empregadores estimam que cerca de 11% desses novos trabalhadores temporários sejam efetivados, o que corresponde a 12,1 mil novos empregos permanentes.
Segundo o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, essa tendência positiva já foi observada no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de novembro, onde 70% dos comerciantes consultados planejam contratar para o período que vai da Black Friday até o Natal. Essas contratações podem trazer impactos benéficos para o curto e médio prazo, contribuindo para a manutenção do baixo índice de desemprego, fator fundamental para o crescimento econômico em 2026.
O setor de hipermercados e supermercados deve ser responsável por quase metade (49,42%) das vagas temporárias, seguido pelas lojas de vestuário e calçados (22,58%) e pelas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (16,82%).
A remuneração média prevista para esses trabalhadores chega a R$ 1.983,54, um aumento de 7,4% em relação às vagas temporárias de 2025.
A cesta típica de produtos natalinos apresentou um aumento médio de 2,5% em comparação com o ano anterior. Produtos como joias e bijuterias subiram 20,5%, artigos de maquiagem aumentaram 8,4%, e livros ficaram 7,2% mais caros. Por outro lado, itens como aparelhos telefônicos, TVs, aparelhos de som e de informática tiveram redução nos preços, caindo 7,2% e 4,5%, respectivamente, enquanto o preço dos vinhos diminuiu 1,2%.


Você precisa estar logado para postar um comentário Login