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Negociação para Libertação de Reféns em Gaza Avança no Egito

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Dois representantes enviados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão em deslocamento para o Egito neste sábado (4) para finalizar as conversações sobre a libertação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza, segundo informou a Casa Branca. A decisão do grupo Hamas de liberar os prisioneiros motivou este avanço nas negociações.

Apesar dos apelos de Trump e das famílias dos reféns para a suspensão imediata dos bombardeios, o exército de Israel anunciou que seguirá com suas operações no território palestino.

Steve Witkoff, representante dos EUA, e Jared Kushner, genro de Donald Trump, viajam ao Egito, que atua como mediador no conflito em Gaza, para acertar os detalhes sobre a libertação dos reféns, conforme declarações feitas por um funcionário anônimo da Casa Branca à AFP.

Neste mesmo dia, veículos ligados ao serviço de inteligência egípcio confirmaram que o Hamas e Israel manterão diálogos indiretos no Cairo no domingo e na segunda-feira, visando organizar as condições para a troca de todos os detidos e prisioneiros, conforme a proposta apresentada por Trump.

Na sexta-feira, o movimento islamista palestino manifestou-se disposto a iniciar negociações imediatas para a libertação dos reféns e para o fim do conflito que já dura quase dois anos na Faixa de Gaza.

O presidente americano solicitou a Israel que suspenda imediatamente os bombardeios em Gaza para permitir a liberação rápida e segura dos reféns.

Entretanto, pelo menos 31 pessoas foram mortas em ataques aéreos israelenses neste sábado no território palestino, segundo dados do hospital Al Chifa, na Cidade de Gaza, reportados por Mohamed Abu Salmiya.

Além disso, a intensidade dos ataques permanece alta, com uso de bombardeios aéreos, artilharia e drones, segundo Mohamed Al-Moughayyir, da Defesa Civil sob o Hamas.

O exército israelense, que controla cerca de 75% da Faixa de Gaza, busca conquistar a Cidade de Gaza, área considerada o principal reduto do Hamas.

Em Israel, o Fórum de Famílias dos Reféns expressou seu apoio ao pedido americano pelo fim imediato do conflito.

Moradores de Gaza receberam com esperança o chamado do presidente Trump para cessar as hostilidades, reconhecendo nele uma figura capaz de pressionar Israel a cessar a guerra.

O plano norte-americano inclui um cessar-fogo, a libertação dos prisioneiros dentro de 72 horas, a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza, o desarmamento do Hamas e o exílio dos seus combatentes.

Também está previsto o estabelecimento de uma autoridade de transição composta por especialistas técnicos sob supervisão dos Estados Unidos, bem como a mobilização de uma força internacional, porém o Hamas ficaria excluído da governança de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou apoio ao plano, mas reforçou que as tropas permanecerão na maior parte do território palestino.

O Hamas se declarou disposto a libertar todos os reféns vivos e a entregar os corpos dos falecidos em troca de prisioneiros palestinos, além de iniciar negociações detalhadas sobre as liberações.

Os reféns foram capturados em um ataque sem precedentes do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou o conflito em Gaza. Israel prometeu destruir o grupo islamista, negando-lhe qualquer participação no futuro pós-guerra.

O ataque provocou a morte de 1.219 pessoas em Israel, em sua maioria civis. Das 251 sequestradas naquele dia, 47 permanecem reféns, sendo que 25 teriam morrido, conforme o exército.

A retaliação israelense causou pelo menos 67.074 mortes em Gaza, em sua maioria civis, conforme dados do Ministério da Saúde do Hamas e reconhecidos pela ONU.

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