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Nepal volta a ter paz com nomeação de primeira-ministra interina

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Com o fim do toque de recolher e a reabertura do comércio, o Nepal iniciou o sábado (13) deixando para trás os episódios violentos da semana, após a nomeação de Sushila Sarki como primeira-ministra interina.

A presença de tropas e tanques nas ruas da capital, Katmandu, diminuiu, permitindo que lojas e templos reabrissem, conforme observado por jornalistas da AFP.

Nos dias anteriores, a capital havia sido palco de protestos intensos contra o governo, que culminaram com o incêndio do Parlamento e a saída do primeiro-ministro, resultando em pelo menos 51 mortes e centenas de feridos.

Sushila Sarki, ex-presidente da Suprema Corte, tornou-se a primeira mulher a liderar o governo do Nepal, prometendo restaurar a paz e combater a corrupção, principal motivo dos protestos.

Após esses acontecimentos, o presidente dissolveu o Parlamento e marcou eleições legislativas para 5 de março de 2026.

A nova chefe de governo, de 73 anos, dedicou suas primeiras ações a visitar hospitais na capital para ver os feridos dos confrontos, vítimas da repressão ordenada pelo seu antecessor, KP Sharma Oli, cujo paradeiro permanece desconhecido.

A repressão violenta acelerou a queda do governo do ex-primeiro-ministro, líder do Partido Comunista e representante das elites nepalesas, que ocupava o cargo desde 2015 em seu quarto mandato.

A nomeação de Sushila Sarki é vista por muitos como um símbolo de mudança no país.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, declarou o apoio da Índia à estabilidade, progresso e prosperidade do Nepal.

A escolha da juíza, reconhecida por sua independência, foi resultado de intensas negociações entre o chefe do Exército, general Ashok Raj Sigdel, e o presidente, Ram Chandra Paudel, envolvendo também representantes do movimento jovem conhecido como “Geração Z”.

Durga Magar, de 23 anos, que trabalha em uma loja em Kathmandu, comentou que o governo interino é uma boa medida no momento.

O combate à corrupção é visto como principal desafio, especialmente para os jovens, que esperam o fim desse problema.

Mais de 20% dos nepaleses entre 15 e 24 anos estão desempregados, segundo dados do Banco Mundial, e o PIB per capita anual é de apenas 1.450 dólares (cerca de R$ 7.800 atualmente).

Outra tarefa urgente para Sushila Sarki será restaurar a ordem em todo o país, incluindo a captura dos cerca de 12.500 presos que escaparam das cadeias durante os recentes distúrbios.

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