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Netanyahu elogia ação da Marinha israelense contra flotilha rumo a Gaza

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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu expressou nesta quinta-feira (2) seu reconhecimento às forças navais de Israel pela interceptação de uma flotilha que levava ajuda humanitária para Gaza. As autoridades israelenses anunciaram a deportação de centenas de ativistas pró-palestinos que estavam embarcados.

A frota, chamada Global Sumud — que significa “resiliência” em árabe —, saiu de Barcelona no final de agosto com cerca de 45 barcos e ativistas de mais de 45 países.

Na quarta-feira, a Marinha de Israel iniciou a ação, alertando as embarcações para que não penetrassem nas águas sob bloqueio marítimo israelense sobre Gaza.

Netanyahu declarou: “Parabenizo os soldados e oficiais da Marinha que realizaram sua tarefa durante o Yom Kippur de forma muito profissional e eficaz.”

Ele acrescentou que essa operação evitou que muitas embarcações entrassem numa área de conflito, além de conter uma campanha que buscava desacreditar Israel.

Um porta-voz israelense informou que mais de 400 ativistas foram detidos e levados ao porto de Ashdod, ao sul do país.

Durante cerca de 12 horas, a Marinha conseguiu impedir uma tentativa significativa de invasão marítima por parte de centenas de pessoas em 41 navios que tinham a intenção declarada de violar o bloqueio em Gaza.

Os organizadores da flotilha afirmaram que o objetivo era abrir um corredor humanitário e interromper o genocídio do povo palestino na região, que sofre com escassez de alimentos conforme relatado pela ONU.

Gaza passa por uma crise severa, acentuada pelos ataques de retaliação israelenses após o ataque do grupo Hamas em 7 de outubro de 2023.

Segundo o chanceler grego Giorgos Gerapetritis, todos os presos estão com saúde preservada e não houve uso de violência.

Onze ativistas gregos estão em greve de fome em protesto contra o que chamam de detenção ilegal pelas autoridades israelenses.

Israel comunicou que deportará os ativistas para a Europa, incluindo figuras notáveis como a sueca Greta Thunberg e a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau, embora não tenha informado os países de destino.

Reações foram rápidas e diversas no cenário internacional: a Turquia classificou a operação como “ato terrorista” e investiga a prisão de 24 cidadãos turcos da flotilha.

Na Colômbia, o presidente Gustavo Petro expulsou a missão diplomática israelense após a detenção de duas cidadãs colombianas.

O México exigiu retorno imediato dos seus seis ativistas, destacando que não cometeram crimes.

O Brasil condenou a ação israelense. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabiliza Israel pela segurança dos 15 brasileiros detidos, entre eles a deputada Luizianne Lins e o ativista Thiago Ávila.

A Espanha, com cerca de 65 participantes na flotilha, convocou o encarregado de negócios israelense e iniciou uma investigação por possíveis violações de direitos humanos.

O Hamas qualificou a ação como pirataria e terror marítimo.

Antes de partir da Espanha, a flotilha fez escala na Tunísia, onde denunciou ataques com drones e manobras intimidatórias israelenses.

Após esses incidentes, países como Itália e Espanha enviaram navios militares para escoltar a flotilha, da qual também participou Mandla Mandela, neto de Nelson Mandela.

O governo espanhol advertiu para que a flotilha não entrasse na zona de exclusão de 150 milhas náuticas declarada por Israel.

Israel já havia bloqueado outras operações semelhantes em junho e julho.

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