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Nikolas e aliados viram réus por divulgar notícias falsas contra ex-prefeito de BH

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A Justiça Eleitoral de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Ele passou a ser réu acusado de espalhar informações falsas e cometer denunciação caluniosa contra o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, durante a eleição de 2024.

Fuad Noman venceu as eleições, porém faleceu em março deste ano devido a um câncer. A decisão foi proferida pelo juiz Marcos Antônio da Silva.

Além de Nikolas, o deputado estadual Bruno Engler (PL), aliado de Nikolas que concorreu ao cargo de prefeito da capital mineira, a deputada estadual Delegada Sheila (PL) e a candidata a vice em sua chapa, Cláudia Romualdo, também tornaram-se rés pelos mesmos crimes.

O Ministério Público solicitou que os acusados tenham seus direitos políticos suspensos, o que os tornaria inelegíveis, e que paguem indenização por danos morais.

Nikolas comentou sobre a decisão afirmando: “Deveria ter cometido outros tipos de infrações, mas vacilei e apenas dei minha opinião”. Engler e Sheila foram contatados pelo Estadão, mas ainda não se manifestaram, enquanto a reportagem não conseguiu contato com Cláudia Romualdo.

Durante o segundo turno das eleições, opositores de Fuad utilizaram seu livro intitulado Cobiça, no qual há uma passagem em que a personagem relata ter sido vítima de estupro coletivo aos 12 anos, para acusá-lo de apologia à pedofilia.

Conforme o Ministério Público, o grupo distribuiu deliberadamente informações falsas, incluindo trechos descontextualizados da obra literária de autoria do candidato e falsas acusações relacionadas à exposição de crianças a conteúdos impróprios.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Nikolas classificou o livro como “pornográfico” e associou uma obra ficcional a um fato real, fazendo uma declaração considerada leviana e injusta, afirmando que o problema ocorre quando a ficção se confunde com a realidade.

Nikolas também acusava a gestão de Fuad de organizar uma feira de quadrinhos em que crianças estariam expostas a nudez, pornografia e até satanismo.

Engler e Romualdo exploraram o tema em propaganda eleitoral, descrevendo o livro do ex-prefeito como um material perturbador que aborda o estupro coletivo de uma criança de 12 anos.

Essas propagandas eleitorais afirmavam ainda que a feira de quadrinhos continha conteúdo sexualmente explícito. Sheila também comentou em publicação que, embora Fuad pudesse escrever sobre o que quisesse, o problema surgia quando a ficção se misturava à realidade, mencionando o evento.

Os quatro acusados terão o prazo de 10 dias para responderem à acusação, apresentarem documentos e provas, além de indicarem testemunhas para sua defesa.

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