Conecte Conosco

Economia

Nordeste cresce no emprego formal e representa 30% do saldo nacional em julho

Publicado

em

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na última quarta-feira (27) e analisados pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o mercado de trabalho formal na região Nordeste continuou a trajetória positiva iniciada em abril. Em julho, a região registrou um saldo positivo de 39.038 empregos com carteira assinada, com todos os nove estados apresentando resultados favoráveis. Bahia (9.436), Ceará (7.424) e Pernambuco (7.377) foram responsáveis por mais de 60% das vagas criadas.

Em seguida aparecem Rio Grande do Norte (3.438), Alagoas (3.112), Piauí (2.985), Maranhão (2.898) e Paraíba (2.247), enquanto Sergipe manteve saldo positivo com 121 vagas. Em termos percentuais, o destaque ficou com o Piauí, que apresentou uma alta de 0,80% no total de empregos, a maior taxa do país, empatado com Mato Grosso.

Esse resultado é a diferença entre 322.018 admissões e 282.980 desligamentos no período, representando um crescimento de 0,48% no número total de empregos, e correspondendo a 30% do saldo nacional, que foi de 129.775 vagas novas.

No acumulado do ano, o Nordeste totaliza 202.259 empregos líquidos, o que equivale a 15% do total nacional (1,34 milhão). A média mensal de criação de empregos na região é de 28,9 mil. Segundo a Sudene, o mercado de trabalho da região mostra resiliência e dinamismo. Comparando com junho, a participação nordestina no saldo nacional aumentou de aproximadamente 22% para 30,1%, mesmo diante da queda do saldo brasileiro, que caiu de 166 mil para 129 mil empregos.

“O Nordeste tem um mercado dinâmico, o que reforça a força dos setores produtivos locais e a importância das políticas de recuperação econômica lideradas pelo Governo Federal”, avaliou o superintendente da Sudene, Francisco Alexandre.

O setor de serviços continuou sendo o principal motor da geração de empregos, com saldo de 13.622 postos. Dentro desse setor, as atividades administrativas e serviços complementares contribuíram com 5.151 vagas, representando mais de um terço do saldo do segmento, com Bahia (1.666), Pernambuco (1.535) e Paraíba (1.051) respondendo por 85% desse resultado. A área da saúde também foi destaque, com a criação de 3.339 empregos.

Outros setores também registraram recuperação. A indústria teve um saldo positivo de 9.606 vagas, liderado por Bahia (2.533), Ceará (1.955) e Pernambuco (1.262), além de Paraíba (785), Rio Grande do Norte (728), Maranhão (396), Piauí (344) e Sergipe (172).

A construção civil apresentou um crescimento expressivo, com 5.868 novos empregos, aumentando sua participação no saldo regional de 2,8% em junho para 15% em julho.

O comércio gerou 5.102 vagas, embora tenha diminuído em relação a junho, quando representou 21,5% do saldo regional. Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte foram os destaques, com respectivamente 878, 853 e 759 novos empregos, juntos somando quase metade do saldo do setor.

A agropecuária contribuiu com 4.834 vagas, representando 12,3% do saldo positivo nordestino, impulsionada principalmente por Rio Grande do Norte (1.631) e Pernambuco (1.258).

Esses dados foram analisados pelo economista José Farias, a estatística Gabriela Nascimento e o estagiário de Economia Wellington Mariano, todos da coordenação-geral de Estudos e Pesquisas, Avaliação, Tecnologia e Inovação da Sudene.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados