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Nova paralisação afeta oito cidades
Uma paralisação dos rodoviários das cooperativas de micro-ônibus afetou cerca de oito cidades do DF na manhã de ontem (13). Os profissionais pedem aumento salarial e resolveram cruzar os braços após as negociações com as cooperativas não avançarem. Pelo menos 530 micro-ônibus não saíram da garagem durante o protesto dos trabalhadores. Na segunda e terça-feira, os funcionários da Viação Pioneira também realizaram paralisações, mas por outro motivo, relacionado à falta de pagamento do plano de saúde por parte da empresa.
Segundo João Jesus, diretor do Sindicato dos Rodoviários do DF, o protesto prejudicou passageiros de Brazlândia, Ceilândia, Guará, Paranoá, Recanto das Emas, Samambaia, Santa Maria, Planaltina e Sobradinho. “O sindicato está tentando negociar com as empresas, que até agora não deram sinal de que vão anteder as reivindicações da categoria. Caso o problema persista, nós vamos fazer uma assembleia que pode resultar em novas ações”, relata.
Atualmente, os cobradores das empresas de micro-ônibus recebem mensalmente R$ 723 e os motoristas, R$ 1.019. Já os valores pagos aos profissionais que trabalham nos coletivos convencionais são de R$ 1.008, para cobradores, e R$ 1.928, no caso dos motoristas. As empresas que não operaram durante o protesto foram à Cootarde, Coopertran, Coobrataete, Copatag, Cootransp e MSC . O DFTrans informou que está acompanhando de perto a negociação trabalhista entre os interessados.
O estudante Cristiano Lima, de 22 anos, afirma que não percebeu a paralisação dos micro-ônibus em Planaltina. “Eu utilizei duas vezes o micro-ônibus e não tive problemas. Andei pela cidade durante a manhã e vi que o movimento nas paradas não aumentou”, afirma. O DFTrans informou, ainda, que as empresas de ônibus convencionais colocaram 20 ônibus em cada bacia afetada pela paralisação de ontem. Segundo o DFTrans, como os ônibus maiores comportam mais que o dobro de passageiros de micro-ônibus, o problema não atingiu de forma tão direta os passageiros.
A cooperativa Cootarde informou que está negociando com os trabalhadores. A empresa alega que o GDF não repassou uma verba que serve para pagar os trabalhadores, por isso não tem condições de dar aumento. As demais empresas não se pronunciaram até o fechamento desta edição.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) considerou abusiva a greve nos dias 16 e 17 de julho no Distrito Federal, cobrando o reajuste de 20% que havia sido combinado entre governo e empresários antes do início da Copa do Mundo. Na ocasião, os rodoviários da Viação Pioneira, Marechal e Expresso São José não tiraram os ônibus da garagem. Segundo o DFTrans, o movimento afetou 320 mil passageiros no Distrito Federal. Dois dias depois do fim da greve, o GDF pagou o aumento. Na decisão do TRT não houve aplicação de multa.
Fonte: Alô
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