Economia
Novo limite de isenção do IR estimulará economia do Brasil

Aumentar o número de pessoas isentas do pagamento do Imposto de Renda (IR) deve impulsionar o consumo e o comércio, trazendo benefícios para toda a economia brasileira. Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a expectativa do governo é que, ao ser implementada, a medida favoreça mais de 20 milhões de cidadãos, conforme declarado em 27 de março.
Durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rui Costa explicou que, ao serem compensados pelos tributos aplicados a milionários, os valores que deixarão de ser arrecadados serão direcionados para compras em supermercados, feiras, alimentos, vestuário para crianças, medicamentos e outros produtos, impulsionando ainda mais a economia nacional.
“O cidadão poderá comprar um item a mais para casa, melhorando a alimentação da família e, possivelmente, aproveitando momentos de lazer com os filhos, como ir à praia. Estamos falando do alcance de uma vida digna”, comentou o ministro.
O governo federal enviou ao Congresso Nacional uma proposta que eleva a faixa de isenção total do Imposto de Renda para R$ 5 mil mensais — promessa feita na campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, está isento quem ganha até R$ 2.824 por mês. A proposta quase dobra esse limite e prevê desconto gradual para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.
Além disso, o projeto estabelece uma tributação mínima para as rendas elevadas, atingindo 141,4 mil contribuintes (0,13% do total). A compensação virá por meio de uma alíquota de até 10% para pessoas com rendimentos acima de R$ 600 mil ao ano, grupo que hoje não contribui com o IR.
Rui Costa acredita que a proposta será aprovada a tempo de vigorar em 1º de janeiro de 2026, apesar das eventuais dificuldades impostas pela oposição. Ele destacou que é comum a oposição tentar dificultar ações governamentais, às vezes de forma exagerada, a ponto de prejudicar inclusive a população.
O objetivo da revisão da tabela do IR é garantir mais justiça social e reduzir desigualdades, proporcionando dignidade mínima para as pessoas com menor renda, explicou o ministro.
Ao ser questionado sobre possíveis impactos nas finanças municipais devido à mudança na faixa de isenção, Rui Costa afirmou que essa preocupação não tem fundamento, pois a tabela do IR não era corrigida há muitos anos e que essa alteração não altera a distribuição de tributos entre União, estados e municípios.
O ministro também destacou que o governo federal tem apoiado estados e municípios por meio de investimentos e auxílios emergenciais. Citou, por exemplo, a transferência de R$ 109 bilhões ao Rio Grande do Sul, o maior investimento da história brasileira feito por um presidente a um estado.
Além disso, mencionou investimentos significativos na capital do Pará, Belém, que sediará a COP30 em novembro e está recebendo o maior aporte federal de sua história, incluindo melhorias na infraestrutura e projetos de conexão de internet que incentivam a instalação de empresas na região.

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