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Novo premiê da França desiste de poderes especiais no Parlamento e busca consenso

O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, declarou nesta sexta-feira, 3, que não fará uso do artigo 49.3 da Constituição, que autoriza a aprovação de leis sem votação parlamentar, optando por buscar entendimento entre os deputados para aprovar o orçamento de 2026. “Cada parlamentar deve ter voz e responsabilidade. Decidi abrir mão do artigo 49.3”, disse.
Com 39 anos e alinhado ao centro político, Lecornu foi nomeado pelo presidente Emmanuel Macron no mês passado após a saída de François Bayrou, que utilizou esse recurso para aprovar o orçamento deste ano.
Sem contar com maioria na Assembleia Nacional, o premiê tenta evitar moções de desconfiança e aposta em acordos com a esquerda moderada, além de suavizar as divergências com aliados conservadores.
Lecornu ressaltou como prioridades pensions melhores para mulheres, uma tributação mais equilibrada, aumento do poder de compra e questões migratórias.
Ele também prometeu anunciar seu ministério “nos próximos dias” e fará um discurso sobre a política geral na semana que vem.
A França, segunda maior economia da União Europeia, enfrenta um déficit crescente e uma dívida alta, fatores que geram preocupação entre investidores. Desde as eleições antecipadas convocadas por Macron em 2024, o Parlamento permanece bastante fragmentado.

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