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Número de atestados e tempo de afastamento cresce na rede pública do DF

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Em 2017, soma de dias chegou a 93.500; Saúde da Família concentra maior número de ausências. Sindicato dos médicos alega má condições de trabalho; GDF nega.

O número de atestados apresentados por médicos da rede pública de saúde do Distrito Federal e o tempo de afastamento cresceu em relação ao ano passado. Em 2017, a soma dos dias em que todos os cerca de 5 mil médicos não foram trabalhar por atestado ou licença chegou a 93.500.

Número é 11% maior que o calculado no ano passado, segundo levantamento da TV Globo feito por meio da Lei de Acesso à Informação. O tempo médio de ausência por médico é de 30 dias em quatro especialidades.

A carência de equipe médica em unidades de saúde da capital do país, é comumente justificada por atestados e licenças médicas. Na tarde desta quarta-feira (20), um terço do total de clínicos do Hospital Regional de Taguatinga estava de atestado. Os demais atendiam apenas pacientes em estado grave.

Homem transporta mulher em maca na recepção do Hospital Regional de Taguatinga, em Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução)

De acordo com o levantamento, os médicos do programa Saúde da Família foram os que mais se ausentaram em comparação com o ano passado. Foram 9.200 dias sem trabalhar em 2017 – 36% a mais que em 2016. Esta “estratégia” de atenção primária à saúde é o único modelo de atendimento em postos do DF.

Os clínicos faltaram 16.300 dias durante o ano, 16% a mais que no ano passado. Também cresceu a ausência de pediatras e cirurgiões gerais. Em todo o DF, os dois médicos de biometria e perícia faltaram 49 vezes cada um. Três médicos da eletromiografia se ausentaram por 36 dias e os 12 cirurgiões toráxicos faltaram 31 cada um.

Recepção do Hospital Regional de Taguatinga, em Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução)

O Sindicato dos Médicos explica que o aumento de atestados e licenças deve-se às condições de trabalho. “O servidor público na área da saúde está trabalhando em péssimas condições: excesso de pacientes e poucos funcionários. Isso tem levado ao adoecimento”, disse o representante Gutemberg Fialho.

Já a Secretaria de Saúde afirma que reforça a escala para não deixar pacientes sem atendimento. “A gente coloca em alguns lugares específicos 20% a mais da carga horária para aquele lugar funcionar, porque isso vai prever tanto o absenteísmo como as férias, os abonos, qualquer afastamento legal”, informou a subsecretária de Gestão de Pessoas, Mariane Morais.

“Hoje a gente sabe que cerca de 40% [dos atestados] é por causa de doenças mentais e um grande número também, cerca de 30% a 35%, também são do aparelho locomotor.”

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