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Nunes apoia Bolsonaro para eleição, mas separa tarifaço de anistia

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reafirmou nesta segunda-feira (14/7) que Jair Bolsonaro (PL) deve concorrer às eleições de 2026, ressaltando que é a população quem deve decidir o futuro do ex-presidente. Nunes contou com o respaldo de Bolsonaro durante sua reeleição no ano anterior — o vice-prefeito Mello Araújo (PL) foi indicação do ex-presidente.

“Minha opinião pessoal, não ligada ao apoio recebido ou à base política formada pelo partido PL, é como democrata que acredito que ele deveria participar da disputa eleitoral. A decisão deve estar nas mãos da população, que exerce plenamente a democracia ao escolher seus representantes. Tirar qualquer candidato desse processo não é a melhor escolha”, disse o prefeito em entrevista à Globonews.

Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referente à condenação por abuso do poder político e uso inadequado dos meios de comunicação, relacionada a uma reunião com embaixadores estrangeiros questionando a confiabilidade das urnas eletrônicas.

Ricardo Nunes também destacou que uma eventual anistia a Bolsonaro e as discussões sobre o aumento das tarifas de importação imposto pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, são assuntos distintos. Trump mencionou o envolvimento do ex-presidente brasileiro em processos judiciais como um dos motivos da aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

“São questões que não se misturam, pois não é uma decisão singular de um chefe de Estado definir tarifas”, explicou o prefeito.

Ele acrescentou que as relações diplomáticas e negociações entre instituições brasileiras e americanas influenciam essas medidas. Para Nunes, o governo brasileiro deve atuar para defender os interesses do país, enquanto o governador de São Paulo cuida dos interesses estaduais e o prefeito dos interesses municipais.

O prefeito se declarou contrário a qualquer imposição tarifária, citando o exemplo do México, igualmente afetado pelas tarifas dos EUA, e enfatizou a importância da negociação diplomática para resolver o impasse.

As declarações do prefeito ocorrem após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Nunes, suavizar seu discurso sobre as tarifas americanas e enfatizar o trabalho conjunto com o governo federal para superar a crise.

Anteriormente, Tarcísio havia atribuído a responsabilidade à diplomacia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora o próprio Trump tenha citado os processos judiciais de Bolsonaro como justificativa para as tarifas.

Essa mudança no discurso, especialmente considerando que São Paulo é um dos estados mais impactados, gerou críticas entre opositores do governador.

Grupos bolsonaristas mais radicais, liderados pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), defendem que a anistia para o ex-presidente e seus aliados, assim como sanções ao ministro Alexandre de Moraes, sejam condições para que o governo dos EUA suspenda as tarifas impostas ao Brasil.

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