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Nunes pede ajuda de Lula sobre problemas com a Enel
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), usou um evento com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para solicitar ao chefe do executivo federal uma intervenção em relação à concessionária de energia Enel.
Nunes e Lula participaram juntos do lançamento do canal SBT News, na sede da emissora em Osasco, na Grande São Paulo. Durante o evento, o prefeito disse: “O canal mostrará notícias boas e ruins, presidente. Espero que no início dos trabalhos do canal a cidade não fique sem energia por causa da Enel. O senhor precisa nos ajudar com isso”, provocando risos na plateia.
Estavam presentes também autoridades como o vice-presidente Geraldo Alckmin, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ministros do STF como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além de outros ministros e autoridades.
Ricardo Nunes criticou a Enel por falta de investimentos, demora na normalização da energia e má qualidade no serviço prestado. Ele considera que a empresa não está preparada para atender uma cidade do tamanho de São Paulo e pediu uma atuação mais firme do governo federal e da Aneel, sugerindo multas mais rígidas e até a possibilidade de perda da concessão.
Por outro lado, a Enel informou que os apagões têm origem em condições climáticas extremas, como chuvas fortes e ventos intensos, e destacou que vem fazendo investimentos na rede elétrica. A empresa também mencionou que muitos problemas decorrem da queda de árvores e interferências urbanas, o que dificulta uma resposta rápida.
Moradores do bairro Grajaú, na zona sul de São Paulo, realizaram um protesto queimando pneus na avenida Belmira Marin, devido a uma interrupção no fornecimento de energia que já durava 48 horas. O apagão foi causado por fortes rajadas de vento que atingiram o estado em um ciclone extratropical, causando danos à infraestrutura da concessionária. Até a tarde do dia do protesto, mais de 631 mil clientes estavam sem luz na área atendida pela Enel, incluindo cerca de 440 mil na capital.
Em vídeos compartilhados nas redes sociais, moradores reclamaram da falta de atendimento da empresa e ameaçaram novos bloqueios caso o problema não fosse resolvido. A Polícia Militar acompanhou a manifestação, que terminou sem novos incidentes após controle dos bombeiros.
Em alguns locais da capital, como Vila Sônia, moradores chegaram ao terceiro dia consecutivo sem energia elétrica, o que também provocou falta de água, já que as bombas dependem de eletricidade para funcionar. A população relata dificuldades alimentares e na locomoção por falta de iluminação e esperam uma solução rápida.
A Enel comunicou que não há prazo definido para a completa normalização do serviço para todos os clientes afetados, mas ressaltou que mobiliza mais de 1.600 equipes para reparos, além de disponibilizar geradores para casos prioritários. A empresa reforça seu compromisso em restabelecer a energia para todos o quanto antes.
O fornecimento de água também foi afetado, pois a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que a bomba elétrica é essencial para levar água às residências. Bairros como Parelheiros, Parque do Carmo e Vila Romana estavam sem abastecimento, assim como regiões na metrópole que contaram com caminhões-pipa para mitigação dos impactos.
Segundo a Sabesp, a operação para distribuir água depende integralmente da eletricidade, devido à complexidade do sistema que atende uma grande população viviendo em áreas extensas e com relevo acidentado, o que dificulta o bombeamento em determinadas regiões.

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