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OAB condena ataque à filha de Fachin e alerta contra silenciamento

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestou-se nesta segunda-feira, 15, contra a agressão sofrida pela professora e jurista Melina Girardi Fachin, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. A ocorrência foi registrada na última sexta-feira, 12, em Curitiba.
Melina, docente da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e chefe do Setor de Ciências Jurídicas da instituição, foi vítima de ofensas verbais e de um ato de cusparada por um homem ainda não identificado no campus universitário. Ela também participa da Comissão Nacional da Mulher Advogada da OAB.
Em comunicado, a OAB definiu o incidente como um atentado contra a democracia. “A instituição condena com veemência o acontecimento, que fere princípios fundamentais da vida democrática. A democracia requer o respeito às liberdades, ao pluralismo e à convivência pacífica, especialmente no ambiente acadêmico, que deve ser mantido como local de diálogo e disseminação do conhecimento, nunca como espaço para violência, intolerância ou tentativas de silenciamento”, afirmou a entidade.
A instituição reforçou ainda seu compromisso com a proteção dos direitos básicos e da dignidade humana. “Reafirmamos nosso empenho na construção de uma sociedade sem intolerância e violência”, destacou.
O Centro de Estudos da Constituição (CCONS), vinculado à UFPR, comentou o caso e apontou que o ataque reflete um contexto mais amplo de aumento da hostilidade.
“Esse fato não é isolado. Representa um sério sintoma da intolerância e do autoritarismo que ameaçam transformar o espaço universitário e democrático em palco para agressões e silenciamento”, ressaltou a instituição.
Até o momento, Melina não se pronunciou sobre a situação. Nas redes sociais, seu esposo, o advogado Marcos Gonçalves, qualificou o episódio como uma “agressão covarde”. Segundo ele, o agressor era um homem branco, porém não forneceu mais informações.
A UFPR declarou que está analisando tudo que aconteceu com a professora Melina Fachin. “O assunto será discutido na reunião do Conselho de Planejamento e Administração (Coplad) da universidade na próxima terça-feira, 16”, informou, em nota, a instituição.
O ministro Edson Fachin assumirá em breve a presidência do STF, cargo que ocupará no final deste mês. Até então, ele integrava a Segunda Turma do tribunal. Na semana passada, o colegiado condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.

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