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OAB-DF vai denunciar ação da PM contra advogado em protesto na Estrutural

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A Seccional da OAB do Distrito Federal repudiou a forma com que a Polícia Militar do DF tratou o advogado Carlos Augusto Araújo, membro da Comissão de Direitos Humanos, durante protesto de moradores do setor de chácaras Santa Luzia, na via Estrutural, na segunda-feira (24/3). Segundo a OAB, a ação foi truculenta e violenta.

No meio do tumulto, o advogado levou levou jatos de spray de pimenta e água. Com o olho esquerdo inchado e ardência, ele foi encaminhado ao Hospital Santa Luzia, na Asa Sul, após prestar queixa na delegacia contra a ação da PM. Carlos Augusto Araújo acompanha de perto o impasse entre o GDF e os moradores do Setor de Chácaras Santa Luzia, na Estrutural.

Segundo a vice-presidente da Comissão da OAB, Indira Quaresma, a OAB/DF irá entrar com uma denúncia no Ministério Público do Distrito Federal para pedir que investiguem a atuação da policia. Além disso, o órgão pedirá representação na Corregedoria Geral da PMDF para que eles avaliem a conduta e apliquem a penalidade própria para os policiais envolvidos na ação. A OAB estuda ainda a possibilidade de uma manifestação pública do advogado em relação ao ato da policia.

Indira Quaresma afirma, ainda, que o advogado foi covardemente atacado por policiais da tropa de choque quando tentava mediar o conflito entre manifestantes e policiais. “Não entro no mérito da manifestação, mas ressalto que a truculência da polícia de choque do DF, pelas cenas, não tem justificativa principalmente quando se percebe que já não havia quase ninguém na pista, e que a atitude do Dr. Carlos obviamente não era de enfrentamento”, disse ela.

A nota de repúdio diz ainda que ‘truculência’ parece ser a palavra de ordem numa cidade cujos problemas de moradia da população de baixa renda são gritantes e se acumulam perigosamente.

 Em nota, a Polícia Militar disse que Carlos Augusto Araújo é presidente da associação dos moradores da Cidade Estrutural e tem pretensões políticas, pois participou durante horas das negociações para liberação da via sem cooperar. Por esse motivo, por meio do comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela a área, a PM determinou que fosse utilizado o uso progressivo da força, mas mesmo assim ele permaneceu na via.

A nota diz ainda que a granada de luz e som que caiu há pelo menos dois metros de distância dele é um equipamento não letal e em hipótese nenhuma causa danos físicos. O advogado caiu no chão e permaneceu imóvel como se tivesse sido lesionado, sendo assim foi necessário o uso do canhão de água para retirá-lo do local sem lhe causar nenhum ferimento.

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