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Economia

Obras da Transnordestina em PE devem terminar em 2029, diz André Ludolfo

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André Luís Ludolfo, engenheiro civil e diretor de Empreendimentos da Infra S.A., companhia pública federal ligada ao Ministério dos Transportes, responsável pelo planejamento e engenharia do segmento pernambucano da Transnordestina, informou que as obras no estado, interrompidas há mais de uma década, estão 38% concluídas. Isso equivale a 179 km dos 544 km totais do ramal.

Na manhã desta quarta-feira (13), Ludolfo participou da segunda etapa do ciclo de sete seminários “Conexões Transnordestina – A Ferrovia que Transformará Pernambuco”, promovido pelo portal Movimento Econômico, com apoio do governo de Pernambuco e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), realizado em Petrolina.

O trecho entre Salgueiro e Suape da Transnordestina tem orçamento estimado em R$ 3,5 bilhões. “Se mantivermos o ritmo atual, com as contratações em dia e as empresas seguindo seus cronogramas, esperamos concluir as obras em 2029”, afirmou.

Para Ludolfo, essa ferrovia é uma infraestrutura estratégica não apenas para o Nordeste, mas para todo o Brasil. “Ela criará um novo corredor logístico, fomentará a competitividade, gerará empregos e impulsionará a economia. Portanto, é extremamente importante para o desenvolvimento de Pernambuco, da Região Nordeste e do país”, complementou.

Segundo ele, retomar um trecho de ferrovia parado por tantos anos demanda etapas iniciais relevantes para garantir, enquanto órgão público, que os futuros processos licitatórios ocorram de maneira segura e confiável. Os projetos básicos já foram contratados.

“Recebemos muitos questionamentos sobre a demora para licitar o trecho, mesmo com parte dos projetos já elaborados pela Transnordestina. Contudo, um empreendimento privado difere de uma ferrovia que exige licitação pública. Por isso, precisávamos revisar e ajustar os projetos para atender aos padrões da Infra S.A.”, explicou.

Foi necessário contratar empresas especializadas para atualizar os projetos e adequá-los para futuras licitações públicas. “Já iniciamos os serviços de gestão fundiária e desapropriação no trecho Salgueiro-Suape”, informou.

Ludolfo esclareceu que esse trecho apresenta desafios significativos, especialmente ambientais e fundiários, pois a paralisação prolongada resultou em invasões e construções ilegais na faixa de domínio da ferrovia. “Estamos realizando levantamentos para assegurar que a obra siga sem maiores entraves”, disse.

Ele ressaltou que as contratações e os serviços em andamento demonstram o comprometimento do governo federal e do Ministério dos Transportes em retomar as obras. “Trata-se de uma obra linear que deve progredir sem interrupções. Cada desapropriação ou problema encontrado pode comprometer o ritmo dos trabalhos. Também contratamos estudos para licenciamento ambiental.”, revelou.

Ludolfo também destacou o compromisso do governo federal, do Ministério dos Transportes e dos representantes políticos de Pernambuco em garantir os recursos necessários para a continuidade do projeto. “A execução das obras tem um ritmo próprio e os recursos serão liberados conforme as etapas forem avançando, para evitar paralisações por falta de financiamento”, concluiu.

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