Oi moderniza transferência de chamadas de redes de cobre para digital

A Oi finalizou a atualização das conexões com outras operadoras, substituindo a antiga linha telefônica fixa, que utilizava cabos de cobre, por um sistema digital baseado na internet.

A interconexão conecta as redes de telecomunicações das diversas empresas, possibilitando a comunicação entre os usuários de cada operadora. Esse sistema foi implementado após a privatização do setor no Brasil em 1998.

Antes disso, o serviço era prestado por monopólio público. Após a privatização, tornou-se obrigatório que as empresas privadas mantivessem a interconexão, sob supervisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Há um ano, a Oi recebeu autorização para mudar seu serviço de telefonia fixa de concessão para autorização, permitindo descontinuar o serviço em locais onde ele não é mais utilizado, inclusive desmontando e vendendo as redes de cobre.

Como compromisso, a Oi garantiu a manutenção do serviço até 2028 em 2.800 municípios sem outras opções de telefonia.

Segundo a empresa, o processo técnico foi complexo, exigindo a troca dos equipamentos antigos por novas soluções digitais, abrangendo 258 operadoras em 27 estados.

A antiga rede consistia em 370 mil quilômetros de cabos de cobre e 80 mil estações, que estão sendo desativados. No novo sistema, existem apenas duas estações digitais, localizadas no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

A transformação também impactou os antigos orelhões, que receberam tecnologia atualizada em várias regiões. Em parceira com a empresa americana Hughes, a Oi transferiu o serviço para uma operação via satélite, assegurando conexão em mais de 7 mil pontos, principalmente em comunidades remotas que dependem da telefonia fixa para comunicação.

Essa conclusão acontece enquanto a Oi está sob intervenção judicial, com sua administração afastada desde o final de setembro pela decisão da 7ª Vara de Recuperações e Falências, em meio ao processo de recuperação judicial.

A empresa enfrenta situação financeira crítica, e em novembro a Justiça decidirá se continuará o processo de recuperação ou se a liquidação será determinada para quitação das dívidas com credores.