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Oito entre dez alunos de medicina em São Paulo são brancos

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A cada 10 alunos de medicina no estado de São Paulo, oito (84,5%) se identificam como brancos, conforme o estudo Demografia Médica 2026, realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). A população negra (pretos e pardos) representa 12,6%, enquanto os estudantes amarelos e indígenas correspondem a 2,7% e 0,2%, respectivamente.

Ao longo dos anos analisados, de 2015 a 2024, a maioria dos estudantes afirmou ser branca. Quando comparado com os dados nacionais de 2023, em que 68,6% dos alunos são brancos e 29,2% negros, a discrepância em São Paulo é ainda mais evidente.

No estado, a predominância de alunos brancos no curso diminuiu apenas 2,5 pontos percentuais em 9 anos. Em números absolutos, o número de estudantes negros cresceu de 1.433 em 2015 para 6.824 em 2024, elevando sua proporção de 8% para 12,6%.

Os grupos indígenas e amarelos permanecem como minorias entre os estudantes de medicina. Os alunos amarelos, que representam 2,7%, tiveram uma redução de 2,2 pontos percentuais desde 2015, enquanto a população indígena aumentou muito pouco, com um crescimento de apenas 0,1% no mesmo período.

Ensino público x privado

A pesquisa revelou uma maior presença de alunos negros nas instituições públicas em comparação com as privadas. Em 2015, a porcentagem era de 10,2% nas públicas contra 7,4% nas privadas; em 2024, esses valores subiram para 23,2% em universidades públicas e 11,6% nas privadas.

Nas escolas públicas, percebe-se uma redução do número de alunos brancos e um aumento dos pardos. Esse crescimento também ocorreu parcialmente nas instituições privadas, embora em menor escala.

Desde 2014, o percentual de estudantes de medicina oriundos de escolas privadas diminuiu de 75,5% para 65,4% em 2024, enquanto os que vieram de escolas públicas aumentaram para 34,6%.

Nas universidades privadas, a proporção de estudantes provenientes do ensino médio privado era quase o triplo dos estudantes vindos de escolas públicas (74,2% contra 25,8%) em 2014. Em 2024, essa diferença diminuiu, porém a proporção ainda favorece quase que duas vezes os alunos oriundos de escolas privadas, representando o índice mais equilibrado da série histórica.

Nas instituições públicas, em 2014, havia 2,5 vezes mais alunos que cursaram o ensino médio em escolas privadas do que em públicas. Em 2023, essa relação caiu para 2,1 vezes, indicando uma leve aproximação da proporção entre os dois grupos.

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