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ONU afirma que Israel comete genocídio em Gaza

Investigadores da ONU acusaram Israel nesta terça-feira de estar realizando um genocídio em Gaza com a intenção de eliminar os palestinos que vivem na região. Eles responsabilizam o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outros líderes de alto escalão pelo crime.
A Comissão Internacional Independente de Investigação da ONU (COI) declarou que está ocorrendo um genocídio em Gaza, conforme afirmou Navi Pillay, diretora da comissão. A responsabilidade é atribuída ao Estado de Israel.
As ações e declarações das autoridades israelenses apontam para a intenção de destruir o grupo palestino na Faixa de Gaza, conforme o padrão de conduta das forças militares. O relatório destaca que o presidente Isaac Herzog, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant teriam incitado o genocídio e que o governo não tomou medidas para impedir essa incitação.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel rejeitou duramente o relatório, chamando-o de tendencioso e mentiroso, atribuindo seu conteúdo a falsidades do grupo Hamas.
Navi Pillay, ex-presidente do Tribunal Penal Internacional para Ruanda, afirmou que os líderes israelenses delinearam uma campanha genocida. Desde o início do conflito, quase 65.000 pessoas morreram em Gaza, e milhares foram deslocadas devido às ações militares israelenses.
A comissão verificou que as autoridades israelenses cometeram quatro dos cinco atos genocidas definidos na Convenção sobre o Genocídio de 1948, incluindo assassinato de membros do grupo, causar-lhes danos físicos e mentais, impor condições de vida que levam à destruição do grupo e impedir nascimentos.
Embora a comissão não seja um órgão jurídico, seus relatórios podem aumentar a pressão internacional e fornecer evidências para tribunais. Eles cooperam com a Corte Penal Internacional, compartilhando informações relevantes.
Navi Pillay enfatizou que a comunidade internacional não pode permanecer inerte diante da campanha genocida contra o povo palestino, alertando que a falta de ação pode ser vista como cumplicidade.
A ONU até o momento não classificou o conflito como genocídio, apesar do uso do termo por diversos líderes mundiais. A Corte Internacional de Justiça pediu que Israel tome medidas para evitar atos genocidas, e o Tribunal Penal Internacional emitiu ordens de prisão contra Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant por suspeitas de crimes contra a humanidade e de guerra.

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